Lúcifer não é satanás: a verdadeira origem do mal
Porém
uma coisa é certa, e esta é uma reflexão minha, o poder e a riqueza são os
elementos que mais tentam o coração dos justos à desobediência aos preceitos de
Deus, levando o homem à loucura. Foi exatamente isso o que aconteceu a
Nabucodonossor. Depois de tanto poder e riqueza ele começou a se desviar dos
caminhos de Deus; a gota d'água foi quando ele fez uma imagem de ouro de outro
deus, e obrigou que todos a adorassem:
>> terça-feira, 29 de janeiro de
2013 – estudos
O Que a
Bíblia Diz?
Quem
é "Lúcifer"?
O nome Lúcifer é freqüentemente aplicado a Satanás, mas não há base bíblica
para esta ideia A palavra "Lúcifer" é a tradução em
algumas Bíblias (ainda que não nas versões portuguesas mais comuns) da palavra
hebraica hêlîl em Isaías 14:12. Versões bem conhecidas como a Revista e
Corrigida, a Revista e Atualizada (1 e 2) e a Linguagem de Hoje traduzem esta
palavra como "estrela da manhã."
veja em Wikipedia: LÚCIFER
Isaías 14 é uma profecia sobre a queda do rei de Babilônia (veja 14:4). Este
rei exaltava-se, buscando tomar a glória que pertence a Deus. A profecia de
Isaías 14 mostra que ele seria derrubado de volta à terra.
É interessante que o Novo Testamento fale sobre a "estrela da alva"
(2 Pedro 1:19) e a "estrela da manhã" (Apocalipse 2:28; 22:16). Em
todas estas passagens, é claro que a estrela da manhã não é Satanás, ou
qualquer outra criatura blasfema. O próprio YAHUSHUA é a brilhante estrela da
manhã que abençoa seus servos fiéis.
Então, por que o nome "Lúcifer" é freqüentemente aplicado a Satanás?
O uso partiu de uma interpretação errada de Isaías 14:12. Muitos comentaristas
inseriram algo maior neste texto, vendo-o como uma explicação da origem de
Satanás. Certamente há razão para acreditar que o Diabo foi um dos anjos (Jó 1:6),
que ele tem estado em rebelião contra Deus desde antes da criação da Terra (1
João 3:8; veja Gênesis 3), e que vários anjos seguiram sua desobediência e
serão castigados eternamente (Judas 6). O que o rei de Babilônia fez foi o
mesmo tipo de pecado: desafiar a autoridade do Rei dos reis. Neste sentido,
podemos pensar em "Lúcifer" como um filho ou discípulo de Satanás
(veja João 8:44), mas a profecia de Isaías 14:12 não está falando
especificamente do Diabo.
Esta é uma lição permanente para nós de Isaías 14. O rei de Babilônia serve
como um lembrete claro da verdade das palavras de YAHUSHUA em Lucas 14:11:
"... todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será
exaltado." Que possamos andar humildemente com nosso Deus.
SATANÁS
NUNCA FOI LÚCIFER: A VERDADE SOBRE A ORIGEM DO MAL
PRIMEIRAS
PALAVRAS
O Mal é algo que só se caracteriza graças, primeiramente, a existência do Bem.
Porém, ao caracterizar-se, o Mal acaba por caracterizar o Bem, ou seja,
caracteriza que o Bem é Bom. O Bem e o Mal são forças que se anulariam caso
existisse apenas uma. Por exemplo, a saúde é algo bom, mas só para quem conhece
a doença, que é algo mau. Ora quando temos saúde não damos importância ao tipo
de bebida ou comida que consumimos. O importante é que sejam agradáveis ao
nosso paladar. No entanto, quando adoecemos é que percebemos que a saúde é algo
bom, ou seja, por intermédio do mal descobri que o bem é bom.
Essa relação é diretamente proporcional, ou seja, quanto maior for o mal, mais
certeza teremos de que o bem é bom. No exemplo em questão, quanto maior for a
enfermidade mais certeza terá o enfermo de que a saúde é algo bom. Logo, o mal
da doença caracteriza a benignidade da saúde. Mas, não existe doença sem que
haja primeiramente a saúde. Portanto, o mal caracteriza o bem, mas sua
existência depende da prévia existência do bem.
Muitos, ou
todos, condenam Adão e Eva por terem comido o fruto da árvore do conhecimento
entre o Bem e o Mal. Para nós é muito fácil dizer que o que eles fizeram não
foi correto, mas só sabemos disso porque somos conhecedores do pecado.
Certamente que Adão e Eva não sabiam que a vida eterna era algo bom, até
conhecerem a morte. Depois disso, passaram a dar valor ao fruto de uma árvore
que sempre esteve à disposição deles, mas lhes parecia tão normal quanto às
outras, por isso não lhe dava importância: A Árvore da Vida. Mas, agora não
eram mais dignos de chegarem a ela. Por isso Deus colocou querubins para
guardarem-na:
"Então,
disse o ALTÍSSIMO Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do
bem e do mal; assim não estenda a mão, e tome também a árvore da vida, e coma,
e viva eternamente.
O
ALTÍSSIMO, por isso, o lançou fora do jardim do éden, a fim de lavrar a terra
de que fora tomado.E, Expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim
do éden (...) para guardar o caminho da árvore da vida" ( Gn 3:22-24 )
Portanto, a Vida Eterna só se caracterizou como algo bom graças ao conhecimento
sobre a Morte que, naquele momento, caracterizava-se como má.
Uma
questão pode ser levantada nesta situação: "Qual
motivo da existência da árvore do conhecimento, sobre o bem e o mal, no
paraíso, se ela viria a trazer tantos malefícios?"
Acredito, e agora se trata de uma reflexão meramente individual, portanto
passível de discussão, que a existência da árvore do conhecimento tem o
objetivo de caracterizar a benignidade de Deus, ou seja, primeiro existiu o
Bem, mas foi necessária a introdução do Mal para que o Bem pudesse ser
caracterizado.
E, com
base nisso, pode-se afirmar: "O Mal já existia no paraíso antes mesmo da
criação do homem, mais precisamente no terceiro dia da criação ele surgiu.
Logo, é verdade afirmar que Adão e Eva foram os primeiros homens a pecar, mas
não que eles foram os responsáveis pela introdução do mal no paraíso, pois o
Mal já existia antes mesmo deles terem comido o fruto proibido. Ora, Satanás
estava na serpente, logo o Mal já existia e tanto isso é verdade que Deus criou
a primeira lei: "... de toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do
conhecimento do bem e do mal não comerás..." ( Gn 2:16-17 ). Se havia
lei era porque já havia o mal (transgressão), pois: "onde não há
lei, também não há transgressão..." ( Rm 4:15 ); "pela lei vem o
pleno conhecimento do pecado" ( Rm 3:20 ).
Sabe-se, portanto, que o Mal já existia no paraíso antes mesmo de Adão e Eva
terem pecado, mas a questão que fundamenta este estudo é: "Como surgiu o Mal?". Necessariamente quando se
busca um conhecimento sobre origem do mal, busca-se, também, o conhecimento
sobre a origem de seu maior representante: Satanás
(Diabo).
Mas
adiante vamos discorrer um aprofundado estudo bíblico a procura de
evidências que possam fundamentar toda essa estória de um dia Satanás ter sido
Lúcifer, um anjo que queria ser mais poderoso que Deus, e que iniciou uma
peleja no Céu, na qual foi derrotado e lançado a Terra e nos tenta até hoje.
Após
este estudo descobriremos que tudo isso não passa de uma lenda causada por uma
interpretação equivocada dos leitores e estudiosos da bíblia.
OS POVOS MAIS ABENÇOADOS POR DEUS
Na bíblia, mais precisamente no Antigo Testamento, há relatos sobre dezenas de
povos que tiveram, direta ou indiretamente, alguma relação com o povo de
Israel. Entre eles podemos citar os egípcios,
os babilônios, os sidomeses, os de Tiro, os da Assíria, os de Moabe, etc.
Todos esses povos tiveram alguma relação negativa com o povo de Israel e,
através de profecias, receberam duras penas de Deus. No livro intitulado
Ezequiel encontra-se várias profecias contra alguns desses povos. Por exemplo,
em Ez 25 há profecias contra os povos de Amom, Moabe,
Edom e Filístia. Em várias outras partes da bíblia, principalmente em Isaias,
Jeremias, Ezequiel e Daniel, podem ser encontradas diversas dessas profecias.
Porém, em relação a alguns povos Deus, por intermédio dos profetas, além de
anunciar profecias de destruição, anunciou, também, lamentações. Os únicos
povos que Deus lamentou destruir foram: Israel,
Egito, Tiro e Babilônia.
3.2
O POVO DO EGITO
Antes
de iniciarmos uma análise sobre a relação que Deus tinha com o Egito, é preciso
que se reflita sobre a seguinte indagação: "Se Deus, em Suas próprias
palavras, ao descrever o Brasil, simbolicamente, o comparasse a maior, mais
bela e formosa árvore do éden e que nenhuma outra árvore a ela se assemelhava.
Que conclusões poderíamos tirar disso? Ora, que o Brasil seria um lugar
abençoado por Deus e Ele muito o quer bem. Correto?
Pois você sabia, leitor, que foi exatamente essa comparação que Deus fez, por
intermédio do profeta Ezequiel, ao descrever o Egito?
"(...)
Veio a mim a palavra do ALTÍSSIMO, dizendo: Filho do homem, dize a faraó, rei
do Egito, e a multidão do seu povo: A quem és semelhante na tua grandeza?
(...)
Se elevou a sua estatura sobre todas as árvores do campo, e se multiplicaram os
seus ramos (...) por causa das muitas águas durante o seu crescimento.
Os
cedros no jardim de Deus não lhe eram rivais (...), nenhuma árvore do jardim de
Deus se assemelhava a ele na sua formosura. (...) Todas as árvores do éden, que
estavam no jardim de Deus, tiveram inveja dele." ( Ez 31:1-2;5;8-9 )
Quem proporcionou ao Egito ser merecedor de tais adjetivos? Ora, o próprio Deus
assim o fez:
"Formoso o fiz
na multidão de seus ramos; todas as árvores do Éden, que estavam no Jardim de
Deus, tiveram inveja dele..." (Ez 31:9).
Mas,
apesar de todas as bênçãos recebidas, os egípcios não as reconheceram como
sendo oriundas de Deus. Antes acreditavam ser Faraó um deus:
"A terra do
Egito se tornará em desolação e deserto; e saberão que eu sou o ALTÍSSIMO.
Visto que disseste: o rio é meu, e eu o fiz, eis que estou contra ti e contra
os teus rios." (Ez 29:9-10).
Por esta razão Deus decidiu entregar o Egito nas mãos de Nabucodonossor, rei da
Babilônia, assim como fez a Israel:
"(...) Assim
diz o ALTÍSSIMO Deus: Eis que eu darei a Nabucodonossor, rei da Babilônia, a
terra do Egito (...)" (Ez 29:19)
"Assim diz o
ALTÍSSIMO Deus: Eu, pois, farei cessar a pompa do Egito, por intermédio de
Naucodonossor, rei da Babilônia." (Ez 30:10)
É,
portanto, por Deus ter abençoado a Faraó e este não ter reconhecido que seu
poder vinha de Deus, ao contrário, ele achava que era um deus, que Ele lamentou
profundamente ter que destruí-lo:
"Filho do
homem, levanta uma lamentação contra Faraó, rei do Egito, e dize-lhe: ...Quando
eu te extinguir, cobrirei os céus e farei enegrecer as suas estrelas;
encobrirei o sol com uma nuvem, e a lua não resplandecerá a sua luz. Por tua
causa, vestirei de preto todos os brilhantes luminares do céu e trarei trevas
sobre o teu país, diz o ALTÍSSIMO Deus." (Ez 32: 2,7-8).
3.3
O POVO DE TIRO
Tiro
era uma cidade muito próspera no comércio marítimo e, por causa disso, exercia
grande influência sobre diversos povos, sendo considerada a "Feira das
Nações" (Is 23:3), ou seja, a fonte de abastecimento dos povos.
Tiro era também chamada de "a Grande Distribuidora de Coroas" (Is
23:8), caracterizando a grande riqueza que possuía.
Em Ez 27
acha-se uma lista dos povos aos quais Tiro exercia grande influência comercial.
Povos como: Basã, Egito, Sidom, Persas, Társis, Síria, Judá, Israel, Arábia,
Sabã, entre outros. Em troca das mercadorias oriundas da cidade Tiro os povos
davam: Prata, bronze, escravos, madeira de Ébano, esmeraldas, linho puro,
trigo, azeite, cordeiros, bodes, carneiros, ouro, aromas finos, navios e,
inclusive, povos como os Persas ofereciam seus soldados para lutarem em nome de
Tiro:
"Os Persas (...) se acharam em teu exército e eram teus homens de
guerra; escudos e capacetes penduraram em ti; manifestaram a tua glória." (Ez
27:10)
Como pudemos observar, a cidade de Tiro era muito rica, próspera e, sobretudo,
poderosa. Todo esse poder foi conseguido graças ao seu rei, que vamos conhecer
a seguir.
3.3.1
O REI DE TIRO
Era
um dos homens mais sábios da época, segundo as próprias palavras de Deus:
"Sim, és mais
sábio que Daniel, não há segredo algum que possa esconder de ti; pela tua
sabedoria e pelo teu entendimento, alcançaste o teu poder e adquiriste ouro e
prata nos teus tesouros..." (Ez 28:3-4).
Sendo, como pudemos verificar, mais sábio que Daniel, um dos grandes profetas
de Deus. Logo, pode-se dizer que o rei de Tiro era uma pessoa abençoada por
Deus, uma vez que só Deus dá a sabedoria e o poder:
"Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a
eternidade, porque dele é a sabedoria e o poder; é ele quem muda o tempo e as
estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e
entendimento aos inteligentes." (Dn 2:20-21).
A todos aqueles que Deus dá a sabedoria, esta lhe proporciona sorte de bens e
tesouros, como aconteceu com o rei de Tiro:
"Eu, a
sabedoria, (...) ando pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo,
para dotar de bens os que me amam e lhes encher os tesouros." (Pv
8:12;20-21)
Porém os estrondosos aumentos de riquezas e de poder fizeram com que o rei de
Tiro ganhasse tanta estima, de diversos povos, que ele começou a achar que era
o próprio Deus:
"...Dize ao
príncipe de Tiro: Assim o diz o ALTÍSSIMO Deus: Visto que se eleva o teu
coração,e dizes: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento no coração dos
mares, e não passas de homem e não és Deus, ainda que estimas o teu coração
como se fora o coração de Deus..." (Ez 28:2).
Por causa disso, Deus decidiu entregar a cidade de Tiro nas mãos da Babilônia:
"...Assim diz o ALTÍSSIMO
Deus: Eis que eu trarei contra Tiro a Nabucodonossor, rei da Babilônia..."
(Is 23:13,15).
3.4
O POVO DA BABILÔNIA
A
Babilônia, no reinado de Nabucodonossor, era o povo mais forte, rico e poderoso
da época. Se você, leitor, percebeu, todos os outros três povos, analisados por
nós, foram submetidos ao poder da Babilônia.
Para
se entender melhor o motivo de Deus ter dado tanto poder à Babilônia é
necessário que se estude, e entenda, a relação entre Nabucodonossor e
Deus.
3.4.1
O REI DA BABILÔNIA
Não
existiu um rei, não-judeu, tão abençoado por Deus quanto o rei Nabucodonossor,
e isso pode ser claramente observado na forma como o próprio Deus se referia a
ele:
"O
rei dos reis" (Ez 26:7);"Meu servo" (Jr 27:6 e Jr 43:10).
Nabucodonossor foi um rei que conquistou grande poder graças a sua fidelidade a
Deus, pois Deus abençoa os justos, como assim o fez a Nabucodonossor:
"Eu fiz a
terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, com meu grande
poder e com meu braço estendido, e os dou àquele a quem for justo. Agora, eu
entregarei todas estas terras ao poder de Nabucodonossor, rei da Babilônia, meu
servo; e também lhe dei os animais do campo para que o sirvam..." (Jr
27:5-6).
Por
ter sido considerado, por Deus, uma pessoa justa é que Nabucodonossor teve a
honra de receber aqueles dois adjetivos da própria boca de Deus.
O rei Nabucodonossor era fiel a Deus, ao qual O reconhecia como "O Deus
dos deuses" e "O Altíssimo dos reis" (Dn 2:46-47) e bendizia o
Seu nome:
"(...)
Eu, Nabucodonossor, levantei os olhos ao céu (...) e bendisse o Altíssimo (..),
louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são
verdadeiras, e os seus caminhos, justos (...)" ( Dn 4:34,37 )
Deus abençoava tanto a Nabucodonossor que, durante o cativeiro, ordenou que o
Seu povo prestasse obediência ao rei da Babilônia, punindo com a morte quem
assim o não fizesse (Jr 27:11-14). Portanto, não há dúvidas que a Babilônia era
uma grande nação abençoada por Deus por causa de seu rei.
O reflexo do caráter e obediência de Nabucodonossor pode ser visto no poder e
nas glórias alcançadas pela Babilônia:
"Fortalecerei
os braços do rei da Babilônia e lhe porei na mão a minha espada (...)" (Ez 30:24)
"Saberão que eu
sou o ALTÍSSIMO, quando eu puser a minha espada nas mãos do rei da Babilônia..." (Ez
30:25);
"A Babilônia
era um copo de ouro na mão do ALTÍSSIMO..." (Jr 51:7);
"Tu, Babilônia,
eras o meu martelo e minhas armas de guerra; por meio de ti destruireis..." (Jr
51:20).
Porém uma coisa é certa, e esta é uma reflexão
minha, o poder e a riqueza são os elementos que mais tentam o coração dos
justos à desobediência aos preceitos de Deus, levando o homem à loucura. Foi
exatamente isso o que aconteceu a Nabucodonossor. Depois de tanto poder e
riqueza ele começou a se desviar dos caminhos de Deus; a gota d'água foi quando
ele fez uma imagem de ouro de outro deus, e obrigou que todos a adorassem:
Porém uma
coisa é certa, e esta é uma reflexão minha, o poder e a riqueza são os
elementos que mais tentam o coração dos justos à desobediência aos preceitos de
Deus, levando o homem à loucura. Foi exatamente isso o que aconteceu a
Nabucodonossor. Depois de tanto poder e riqueza ele começou a se desviar dos
caminhos de Deus; a gota d'água foi quando ele fez uma imagem de ouro de outro
deus, e obrigou que todos a adorassem:
"O rei
Nabucodonossor fez uma imagem de ouro... Levantou-a no campo de Dura, na
província da Babilônia... Qualquer que não se prostrar e não adorar será, no
mesmo instante, lançado na fornalha de fogo ardente." (Dn
3:1,6)
Neste
momento Deus perdoa Israel e arrepende-se do mal que lhe fez:
"...Assim diz o
ALTÍSSIMO, Deus de Israel...: Se permaneceres nesta terra, então, vos
edificarei e não vos derribarei; porque estou arrependido do mal que vos tenho
feito." (Jr 42:9-11).
Deus, então, anuncia a destruição da Babilônia:
"Eis agora vem
uma tropa de homens, cavaleiros de dois a dois. Então, ergueu ele a voz disse:
Caiu, caiu Babilônia; e todas as imagens de escultura dos seus deuses jazem
despedaçadas por terra." (Is 21:9-10)
"Ponde-vos em
ordem de batalha em redor contra a Babilônia, todos vós que manejais o arco;
atirai-lhe, não poupeis as flechas; porque ela pecou contra o ALTÍSSIMO...
Portanto, assim diz o ALTÍSSIMO dos Exércitos, o Deus de Israel: Eis que
castigarei o rei da Babilônia e a sua terra..." (Jr 50:14,18)
Porém,
Deus lamentou profundamente ter que fazer isso:
"A Babilônia
era um copo de ouro na mão do ALTÍSSIMO, o qual embriagava a toda a terra; do
seu vinho beberam as nações; por isso, enlouqueceram. Repentinamente, caiu
Babilônia e ficou arruinada; lamentai por ela, tomai bálsamo para a sua ferida;
porventura sarará. Queríamos curar Babilônia, ela, porém, não sarou; deixai-a,
e cada um vá para a sua terra; porque o seu juízo chega até ao céu e se eleva
até as mais altas nuvens." (Jr 51:7-9)
"Tu Babilônia,
eras o meu martelo e minhas armas de guerra; por meio de ti, despedacei nações
e destruireis; por meio de ti despedacei o homem e a mulher, despedacei o velho
e o moço, despedacei o jovem e a virgem; por meio de ti, despedacei o pastor e
seu rebanho, despedacei o lavrador e sua junta de bois, despedacei governadores
e vice-reis." (Jr 51: 20-23)
Então, por
meio de um sonho, Deus anuncia a Nabucodonossor a sua queda e destruição do
reino:
"Eu,
Nabucodonossor, estava tranqüilo em minha casa e feliz no meu palácio. Tive um
sonho que me espantou; e, quando estava no meu leito, os pensamentos e as
visões da minha cabeça me turbaram.
Eram
assim as visões da minha cabeça (...): Eu estava olhando e vi uma árvore no
meio da terra, cuja altura era grande; crescia a árvore e se tornava forte, de
maneira que sua altura chegava até ao céu; e era vista até os confins da terra.
A sua folhagem era formosa, e o seu fruto, abundante, e havia nela sustento
para todos (...) No meu sonho (...) vi um vigilante, um santo, que descia do
céu, clamando fortemente e dizendo: Derribai a árvore, cortai-lhe os ramos,
derriçai-lhe as folhas, espalhai o seu fruto; afugentem os animais de debaixo
dela e as aves, dos seus ramos.
A
árvore que viste, que cresceu e se tornou forte, cuja altura chegou até ao céu,
e que foi vista por toda a terra (...)
És
tu, ó rei, que cresceste e vieste a ser forte; a tua grandeza cresceu e chega
até ao céu, e o teu domínio, até a extremidade da terra.
Esta
é a interpretação, ó rei, este é o decreto do Altíssimo, que virá contra o rei,
meu Altíssimo: Serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os
animais do campo, e dar-te-ão a comer ervas como aos bois, e serás molhado do
orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que conheças que
o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer." (Dn
4:4-5, 10-14, 20, 22, 24-25)
Em Dn 4:33-34, 37 encontra-se, em detalhes, como aconteceu a queda de
Nabucodonossor. Analisando-se esse trecho percebe-se que Nabucodonossor foi
humilhado por Deus mas, apesar de toda a desgraça que lhe foi imposta, ele
arrependeu-se de tudo o que tinha feito de mal aos olhos do ALTÍSSIMO e O
glorificou:
"No mesmo instante, se cumpriu a palavra sobre Nabucodonossor, e foi
expulso de entre os homens e passou a comer ervas como os bois, o seu corpo foi
molhado com o orvalho do céu, até que lhe cresceram os cabelos como as penas da
águia, e as suas unhas, como as das aves. Mas, no fim daqueles dias,eu,
Nabucodonossor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu
bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo
domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.
Agora,
pois, eu, Nabucodonossor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas
as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos
que andam na soberba." (Dn 4:33-34, 37)
Com isso terminamos nossa análise sobre os povos mais abençoados por Deus e,
partindo desse conhecimento, vamos descobrir quão equivocada é a interpretação
bíblica que os grandes estudiosos fazem sobre a origem de Satanás, maquiando-o
como tendo sido um Anjo de Deus.
4
OS SUPOSTOS FUNDAMENTOS PARA A ORIGEM DE SATANÁS
Como
já foi dito, no início dessa discussão, os supostos fundamentos para sustentar
a teoria de que Satanás era um anjo, chamado Lúcifer, são encontrados em três
livros bíblicos, aos quais vamos analisar agora:
4.1
EZEQUIEL, CAPÍTULO 28 E VERSOS DE 13 A 17
"Estavas no
Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio,
o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de
ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que
foste criado, foram eles preparados.
Tu
eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de
Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o
dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti.
Na multiplicação do teu comércio, se encheu teu interior de violência, e
pecaste; pelo que te lancei, profanado, fora do monte santo de Deus e te farei
perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras.
Elevou-se
o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por
causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que
te contemplem."
Acredita-se
que esse trecho seja sobre a origem de Satanás porque se pode encontrar fortes
evidências, como as que estão destacadas em negrito no texto.
A bíblia é
um poderoso instrumento que deve ser utilizado para o estudo, e não apenas para
uma leitura solta e vazia; estudar a bíblia, acredito, é analisá-la
cuidadosamente, sem pressa, observando todo o contexto histórico de cada verso
e ligando os fatos ocorridos ao motivo de tais palavras terem sido escritas.
É por falta dessa análise contextual que muitas pessoas se convencem ser esse
trecho direcionado à figura de Satanás. A partir de agora vai ser exigida a
compreensão de toda a análise histórica feita no capítulo anterior.
Este trecho, na verdade, corresponde a um trecho de uma lamentação que Deus
levanta ao rei de Tiro; não é difícil constatar isso, basta ler os dois versos
anteriores:
"Veio a mim a
palavra do ALTÍSSIMO, dizendo: Filho do homem, levanta uma lamentação contra o
rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o ALTÍSSIMO Deus: Tu és o sinete da
perfeição, cheio de sabedoria e formosura..." (Ez 28:11-12).
Reflita
agora leitor e me responda: "Quem é, segundo as próprias palavras de Deus,
nesse contexto, o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura? Satanás?".
Torna-se
difícil, e ilógico, acreditar que todos esses adjetivos sejam destinados ao rei
de Tiro. Mas, só para quem deixou passar, desapercebidamente, todo o contexto
histórico que circunda o motivo de tais palavras terem sido proferidas, ou
seja, todo o relato desse trecho é direcionado ao rei de Tiro pelos motivos aos
quais debatemos quando analisamos a história, bíblica, da cidade de Tiro.
Quando
Deus diz: "Tu eras querubim" e "Estavas no Éden jardim de Deus", é
evidente que há aqui o mesmo recurso de comparação simbólica utilizada por Ele
para descrever o Egito.
Da mesma forma, como vimos, que Deus compara Faraó e o Egito a mais bela e
formosa árvore do Éden, mais bela inclusive que a árvore da Vida, Ele compara
simbolicamente o rei de Tiro ao mais sábio e
formoso querubim do Éden.
Veja,
agora, como o restante da análise do texto se encaixa com harmonia:
1- Quando Deus diz: "Perfeito
eras nos teus caminhos", fica claro que é sobre o motivo pelo qual Deus
concedeu tanto poder e riqueza ao rei de Tiro, pois toda e qualquer autoridade,
como de um rei por exemplo, provém de Deus:
"...
porque não há autoridade que não proceda de Deus; as autoridades foram por Ele
instituídas..." (Rm 13:1).
E essa autoridade Deus concede aos que forem justos aos Seus olhos:
"Eu fiz a
terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, com meu grande
poder e com meu braço estendido, e os dou àquele a quem for justo..." (Jr
27:5).
2- Quando
Deus diz: "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura", é evidente
que sobre a loucura do rei de Tiro em acreditar que era o próprio Deus:
"...Dize ao príncipe de Tiro: Assim o diz o ALTÍSSIMO Deus: Visto que
se eleva o teu coração,e dizes: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me
assento..." (Ez 28:2 ).
Logo, o querubim, o anjo da guarda ungido, ao qual esse trecho, em análise, se
refere é, na verdade, o rei de Tiro e não Satanás. Não há sentido em se afirmar
que esse trecho está se referindo à figura de Satanás, porque não há
fundamentação alguma, não há contexto histórico algum, em toda a bíblia, que
possa ser usado como ponte para essa afirmação, ou seja, com base em que se
pode dizer que esse querubim é Satanás? De onde vem a fundamentação?
O
substantivo Lúcifer ocorre seis vezes na Vulgata, versão latina da Bíblia, e
uma vez em algumas Traduções da Bíblia em língua portuguesa. Lúcifer se refere
literalmente à "Estrela da Manhã" ou "Estrela D'Alva", à
"luz da manhã", e à "aurora" e ao "rei da
Babilônia", ao sumo sacerdote Simão, filho de Onias, à Glória de Deus, ou
a YAHUSHUA O Messias. YAHUSHUA O Messias, no livro de apocalipse (22:16) se
auto denomina "resplandescente estrela da manhã", o que é diferenciado
quando o termo é usado separadamente "estrela da manhã" como
"poder" sobre "nações". (Apocalipse 2:28 e 26) (Isaías
14:12)
Por exemplo, Tradução Brasileira da Bíblia:
“ E temos, mui firme, a
palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que
alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em
vossos corações. ” — 2 Pedro 1:19 Tradução
Almeida Fiel,
Este
mesmo trecho em latim, na Vulgata é:
“ et habemus firmiorem
propheticum sermonem cui bene facitis adtendentes quasi lucernae lucenti in
caliginoso loco donec dies inlucescat et lucifer oriatur in cordibus vestris ” — 2 Pedro 1:19,
como
pedro ele deseja que lúcifer cresça nos corações dos crentes?
É por esta razão que é possível encontrar pessoas com nome "Lúcifer"
entre os primeiros cristãos, sendo o exemplo mais famoso São Lúcifer, bispo de
Sardenha, onde existe a única igreja à São Lúcifer conhecida.
4.2
APOCALIPSE, CAPÍTULO 12 E VERSOS DO 7 AO 9
"Houve peleja
no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o
dragão e seus anjos;
Todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu lugar deles.
E
foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o
sedutor do mundo, sim, foi atirado para a terra e, com ele, os seus anjos..."
Para os que acreditam na estória de Satanás ter sido Lúcifer, esse trecho
complementa o trecho analisado no sub-capítulo anterior, ou seja, depois que
Deus descobriu a iniquidade no coração de Satanás teria acontecido
essa peleja, acima descrita, para expulsa-lo do céu. Logo, o que fundamenta esse
trecho são exatamente as conclusões infundadas que tiram do trecho do
sub-capítulo anterior. Nada mais ilógico!
Mais
uma vez é feita uma análise de um trecho bíblico sem a atenção necessária à
análise do contexto ao qual, verdadeiramente, o fundamenta.
O ponto a ser considerado, neste caso, é: Sim, esteja peleja é no céu e contra
Satanás; porém, ela ainda não aconteceu. Ora, Apocalipse é um livro profético,
ou seja, um livro de profecias que, segundo qualquer dicionário,
significa:
"Predição
feita por um profeta."
E
profeta significa:
"Indivíduo
que prediz o futuro".
Há algum cabimento o fato de um profeta fazer profecias de coisas já ocorridas?
O próprio apóstolo João, escritor do Apocalipse, diz o propósito do livro:
"...Mostrar aos
seus servos as coisas que em breve devem acontecer..." (Ap
1:1)
Logo,
serão relatadas coisas que ainda irão acontecer e não fatos já ocorridos. Não
há sentido em se profetizar o passado; neste caso, o termo mais adequado seria
"relembrar" ou "rever" e não "profetizar".
Se essa peleja realmente aconteceu no princípio, por que absolutamente nada é
relatado em Gêneses? Principalmente quando a serpente, Satanás, faz o homem
transgredir no paraíso? Nenhum indício de peleja alguma, nada!
A peleja
descrita acontecerá quando houver se cumprido a profecia sobre a Mulher e o
Dragão (Ap 12:1-6). Em resumo, o que realmente acontecerá, segundo a bíblia é
(nesta análise não houve qualquer preocupação em se discutir o significado da
simbologia acerca da mulher, apenas relatar o fato):
"A mulher está grávida e aponto de lar a luz; porém, o dragão quer
devorar o filho dela(que é YAHUSHUA). No entanto, ao nascer, o filho da mulher é
arrebatado para o céu. Como o objetivo do dragão é matá-lo, ele sobe ao céu
para tentar concretizar esse objetivo e lá, aí sim, ocorrerá essa peleja."
Tanto
isso é verdade que, quando o dragão é expulso do céu ele volta para perseguir a
mulher. Logo, para que haja tal peleja, é preciso que se concretize a profecia
a respeito da mulher grávida, ou seja, é preciso que exista essa mulher
grávida.
Segundo
a teoria, a rebelião de Lúcifer aconteceu no céu ainda antes da Criação, ou
seja, antes mesmo que Deus tivesse criado o homem, o mar, os animais, enfim,
todas as coisas. Porém, indago, em tom de desafio, a todo e qualquer estudioso
da Palavra de Deus, a me provar, biblicamente, a existência de qualquer forma
de vida antes de Deus ter iniciado Sua obra de criação!
" No
princípio, criou Deus os céus e a terra."
(
Gêneses 1:1 )
Este
é o primeiro verso da Bíblia, este é o verso que atesta o princípio de todas as
coisas, a criação dos céus e da terra e tudo o que neles há.
A verdade só existe quando se manifesta em sua total plenitude, ou seja, ou a
verdade é 100% ou ela não é verdade. 99% de verdade torna-a uma mentira, uma falsa
verdade. É exatamente essa falsa verdade, que eu prefiro chamar de mentira, que
é pregada quando se induz as pessoas a acreditarem nesse tempo e espaço da
suposta peleja entre Lúcifer e os habitantes do céu.
Há
uma grande desarmonia com a Palavra de Deus ( Bíblia ), no que diz respeito ao
tempo em que ocorreu esta peleja: Antes da Criação.
Ora, como é que um estratagema tão tolo se passa por Verdade durante tanto
tempo? Como é que pôde, leitores em sã consciência, acontecer uma peleja no céu
se os céus ainda nem tinham sido criados?!
Logo, acreditar que essa peleja representa a expulsão, no céu, de Satanás,
quando este ainda era chamado de Lúcifer, e seus anjos, é acreditar numa
suposta desarmonia (contradição) bíblica, na qual uma hora se afirma, em
Gêneses, que Deus criou o universo e tudo o que nele há e outra hora se afirma,
em Apocalipse, que já havia vida, tempo e espaço antes mesmo da criação dos
céus e da terra. Acreditar nessa desarmonia é acreditar que a Bíblia não é a
fonte da Verdade, é acreditar que ela não é fonte de inspiração divina.
Outra
grande desarmonia encontrasse no aspecto do local ao qual ocorreu esta peleja:
Iniciou-se no Céu e culminou
com
Lúcifer sendo lançado à Terra. Mais uma vez indago: Como Lúcifer conseguiu
rebelar-se e iniciar uma peleja no céu, se ainda não havia céu? Como
conseguiram expulsa-lo de um céu, que ainda não existia, e atira-lo a Terra,
quando esta, também, ainda não havia sido criada? Estamos diante, talvez, da
maior farsa da história, sob o aspecto religioso.
Finalmente, com base em que se pode afirmar que essa peleja aconteceu antes do
princípio dos tempos? Qual ponte, em argumentos fundamentados, há entre esta
peleja e Satanás ter sido um querubim de Deus? O único indício de quem era
Satanás, no princípio dos tempos, é o de que ele era "A antiga
serpente" (Ap 12:9) e não um querubim.
É incrível como toda essa estória, a respeito dessa peleja, pregada por aí,
consiga passar-se por verdadeira sendo apoiada em estratagemas tão tolos, como
o de se afirmar que é possível profetizar-se o passado e de que havia um
universo paralelo antes da criação. Todo embasamento para ser justificado deve
encontrar harmonia com os escritos bíblicos; se não for necessária essa
harmonia, é melhor pararmos a discussão por aqui.
4.3
ISAÍAS, CAPÍTULO 14:12 AO 14
"Como
caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra,
tu que debilitava as nações!
Tu
dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei
o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte;
Subirei
acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo..."
Este trecho, verdadeiramente, não tem relação alguma com a possível origem de
Satanás por dois motivos: Um de simples verificação e outro de profunda
análise.
Fazendo uma simples verificação do contexto, observa-se que se trata de um
trecho dirigido ao rei da Babilônia. Não precisa esforçar-se muito para chegar
a essa conclusão, basta ler os versos 4 e 22 deste mesmo capítulo:
"...então
proferirás este motejo contra o rei da Babilônia..."
(Is 14:4)
"Levantar-me-ei
contra eles, diz o ALTÍSSIMO dos Exércitos; exterminarei de Babilônia o nome e
os sobreviventes, os descendentes e a posteridade, diz o ALTÍSSIMO."
(Is 14:22)
Logo, com isso, percebe-se que o capítulo 14 de Isaías do verso 1 ao
23, trata-se de uma profecia sobre a queda do maior reino da terra, na época: O
reino da Babilônia.
Fazendo, por outro lado, uma análise profunda de todo o contexto histórico,
análise essa discutida quando analisamos a história de Nabucodonossor,
observamos o seguinte:
No verso 12, os adjetivos "estrela da manhã" (
em traduções antigas: Lúcifer. Eis aí o motivo de toda a confusão ) e "filho da alva" são
direcionados ao rei Nabucodonossor, da mesma forma que Deus assim o fez quanto
aos reis do Egito e de Tiro. Quando é dito: "Como caíste do
céu (...) tu que debilitava as nações", há um reforço de que estas
palavras são direcionadas a Nabucodonossor, pois, me diga leitor, qual foi o
rei cuja grandeza e o poder chegavam até ao céu e o domínio até a extremidade
da terra? Se você não lembra, retorne ao subtítulo 3.4 e descubra a resposta,
mas já vou adiantando que não foi Satanás;
Os versos 13 e 14 tratam sobre a loucura de Nabucodonossor, por conta do grande
crescimento de seu poder e, por causa de sua exaltação própria, pois ele tinha
poder sobre a vida e a morte de qualquer indivíduo, como pode se verificar nas
palavras do profeta Daniel:
"(...) Deus, o
Altíssimo, deu a Nabucodonossor (...) o reino e grandeza, glória e majestade.
Por causa da grandeza que lhe deu, povos, nações e homens de todas as línguas
tremiam diante dele; matava a quem queria e a quem queria deixava com vida; a
quem queria exaltava e a quem queria abatia. Quando, porém, o seu coração se
elevou, e o seu espírito se tornou soberbo e arrogante, foi derribado do seu
trono real, e passou dele a sua glória." (Dn5:18-20)
Faça agora, leitor, uma análise em todo o Antigo Testamento e você verá que,
como foi dito anteriormente, não houve um rei não-judeu mais poderoso, e
abençoado por Deus, que Nabucodonossor, e é por causa de sua traição contra
Deus que a Babilônia é um dos povos mais citados e odiados em toda a Bíblia.
Portanto, o Lúcifer ao qual se refere à bíblia, em traduções mais antigas, nada
mais é que o rei Nabucodonossor. Que Satanás possa ter exercido alguma
influência sobre ele é uma hipótese até aceitável, mas chegar-se ao cúmulo de
dizer que esta profecia de Isaías sobre a queda da Babilônia,
corresponde à expulsão de Satanás do paraíso é de uma malignidade sem tamanho,
pois não há qualquer embasamento bíblico para justificá-la. Entretanto, há uma
resposta de YAHUSHUA O Messias àqueles que estudam a Palavra, mas encobrem a
verdade:
"Ai
de vós, intérpretes da Lei! Porque tomaste a chave da ciência; contudo, vós
mesmos não entrastes e impedistes os que estavam entrando." (Lc 11:52).
5
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ora, se Satanás não foi Lúcifer: "O anjo de luz",
"a estrela da manhã", "o filho da alva". Se toda
essa estória não tem fundamento, qual seria, então, a verdadeira origem de
Satanás? Quando isso aconteceu?
A verdade é que a bíblia não faz referência a tal assunto; a referência mais
antiga sobre Satanás é a que diz ter sido ele a "antiga
serpente do Éden" (Ap 20:2), e só! Nada sobre a sua origem.
Mas
de uma coisa esteja certo, leitor, ele foi criado por Deus na mesma semana que
o homem assim o foi, ou seja, a origem de Satanás é mais antiga que a do homem
em, no máximo, 5 dias, pois Deus criou o universo, e tudo o que nele há, em 6
dias e no 7º dia descansou e nada fez. Portanto, toda a estória de que houve um
"Universo de Deus" onde Satanás (Lúcifer) vivia em perfeita harmonia
com Ele e etc., como é pregada por aí e é descrita em vários livros como, por
exemplo, no livro intitulado "Patriarcas e Profetas", não passa de
mais uma estória que saiu da mente fantasiosa de seu autor, uma vez que não há
a mínima fundamentação bíblica que demonstre isso.
Todas as pessoas que acreditam nisso estão sendo, na verdade, incoerentes com a
bíblia e com as próprias palavras de YAHUSHUA e do apóstolo João sobre quem
realmente foi e é Satanás:
"(...) Ele foi
homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade..." (Jo 8:44 )
"(...) O Diabo vive pecando desde o princípio..."
(1Jo 3:8 )
Logo,
com base nos trechos acima, temos a certeza de que Satanás nunca foi bom,
perfeito e amigo de Deus, como alguns dizem por aí.
Com qual propósito criaram essa mentira? Na verdade, com essa estória tentam
tirar um poder de Deus e dá-lo a Satanás. Assim sendo, Deus é o criador de tudo o que é Bom e Satanás o criador de tudo o que
é Mau; logo, temos, na verdade, dois criadores e não apenas um. É nisso que
você acredita, leitor?
Verdadeiramente, só existe um criador de TODAS as coisas e ele é Deus. Foi Ele
quem criou o bem e foi Ele, também, quem criou o mal e as trevas. Deus criou
Satanás do jeito que ele é e sempre foi, sem essa fantasia de anjo do bem.
Alguns devem estar pensando que eu estou louco ao afirmar que Deus é, também, o
Pai criador do mal e das trevas. Entretanto, não pensem que sou tão inteligente
assim, não me dêem este crédito todo, pois ele não saiu de minha cabeça, mas da
bíblia, a "inegável fonte da verdadeira verdade":
"Eu
sou o ALTÍSSIMO, e não há outro (...). Para que se saiba, até ao nascer do sol
e até o poente, que além de mim não há outro; eu sou o ALTÍSSIMO e não há
outro. Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o
ALTÍSSIMO, faço todas estas coisas." (Is 45:5-7)
Acredito, entretanto, que a origem de Satanás tenha ocorrido no terceiro dia da
criação, ou seja, no dia da criação da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal,
pois é neste momento que o mal é criado e, acredito também, seu maior
representante, pois acho pouco provável ter havido o mal sem que houvesse
Satanás, uma vez que ele é o mal propriamente dito. Ele é a criação e não o
criador, ou seja, ele é o mal e não o criador do mal.
O
criador é único: Todo Poderoso.