sábado, 31 de janeiro de 2015

Rei Davi era bastardo? era filho de prostituta? quem era sua mãe?




Há muita especulação sobre a vida do Rei David. E tem muitas historias e estorias sobre ele. Coisas intrigantes, e como se não bastasse, outros estarem na bíblia com algumas faltas e erros, ele não seria diferente. Porem de todos os comentários, o que mais chama atenção não é o fato de ser assassino e adultero. Mas ter uma linhagem duvidosa, ou seja, bastardo. Veremos a seguir detalhes que pode dar o que falar. E ainda o motivo que Davi era para seu pai Jessé uma vergonha. Mas porque? Eis ai o motivo de minha busca.

Isto deixa diversas interpretações possíveis:

1)- Que Naás era mulher, esposa de Jessé e mãe de todos os envolvidos (o nome podia ser dado a pessoas de ambos os sexos), mas isto não é muito provável, porque as mulheres eram incluídas numa genealogia apenas por motivos especiais, que aqui parecem faltar.

2)-Que Naás era outro nome de Jessé, conforme sugere A Septuaginta grega (edição lagardiana) tem “Jessé” em vez de Naás em 2 Samuel 17,25.

3)- Que Naás era o anterior marido da esposa de Jessé (uma sugestão mais provável) e que ela deu à luz para Naás duas filhas, Abigail e Zeruia, antes de se casar com Jessé e dar-lhe vários filhos.

4)- Abigail é chamada de “filha de Naás”, mas ela e sua irmã não são chamadas diretamente de filhas de Jessé, pai de Davi, embora sejam mencionadas como as “irmãs” dos filhos de Jessé, inclusive Davi. Isso nos mostra que era de outra linhagem.

Davi era descendente de Boaz e Rute, e tinha uma ascendência que remontava a Judá, por intermédio de Peres. (Rute 4,18-22; Mt 1,3-6) Este caçula dentre os oito filhos homens de Jessé também tinha duas irmãs ou meias-irmãs. (1Sam 16,10-11; 17,12; 1Cr 2,16).

Um dos irmãos de Davi evidentemente morreu sem ter filhos e foi assim omitido em registros genealógicos posteriores. (1Cr 2,13-16)

Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe. Salmos 51:5-6

Não existe erro em interpretar que Davi se refere ao estado em que todo ser humano nasce, ou seja, no pecado original, mas seria um erro desconsiderar a informação literal que temos no mesmo versículo.

Diferente do salmo 23, Davi está num momento crítico de sua vida, onde é confrontado pelo juízo de Deus por causa de seu duplo pecado no caso da mulher de Urias, é nesse momento que sua alma se angustia e, em arrependimento, ele clama a Deus.
Ao dizer que foi formado em iniquidade e concebido em pecado por sua mãe, Davi não está poetizando, mas de fato, está declarando um fato de sua vida.
Davi foi fruto do pecado de seu pai Jessé, e provavelmente era filho de uma moabita ou caananita e não da mãe de seus irmãos.

Vamos às evidências.

APARÊNCIA - Se a Bíblia evidencia a aparência de alguém é porque tinha algo distinto do comum. No caso de Davi, ele era diferente de seus irmãos.

Então mandou chamá-lo e fê-lo entrar (e era ruivo e formoso de semblante e de boa presença); e disse o SENHOR: Levanta-te, e unge-o, porque é este mesmo. 1 Samuel 16:12

E, olhando o filisteu, e vendo a Davi, o desprezou, porquanto era moço, ruivo, e de gentil aspecto. 1 Samuel 17:42

É fato que os rapazes judeus são de aspectos viris, rústicos e não são ruivos.

EVIDÊNCIAS CULTURAIS - O trabalho sujo de uma família era responsabilidade do filho bastardo se houvesse e o mesmo não podia sentar-se à mesa com os filhos legítimos.

Davi recolhia os monturos (lixo caseiro, resto das refeições) em sua casa. Salmo 113.7
Davi apascentava os rebanhos de seu pai. I Samuel 17.20;28
Davi não se sentava à mesa junto com seus irmãos. I Samuel 16.10-11


Porque Davi disse: “em pecado me concebeu minha mãe”?

Afinal, descobre a verdade de seu nascimento: “Em pecado me concebeu a minha mãe” (Sl 51:5). Embora este texto tenha sido explicado na História como sendo uma sina humana ou seja, o “pecado original”, pelos pais da Igreja, em realidade não passa de uma conjectura, porque, na verdade, não existe pecado original.

Nenhum texto da Bíblia apóia tal doutrina católica, a qual os protestantes, sem uma avaliação, acabaram herdando daquela teologia. Na verdade, Davi estava falando de sua situação pessoal, da sua afronta e da afronta de sua pequena família, que vivia em uma tenda campal separada da casa de Jessé.

Não se referia ao pecado de Adão, pelo qual toda a raça humana foi condenada à morte (Rm 5:14). Pois, se assim fosse, a relação íntima entre marido e mulher seria considerada impura e pecaminosa, quando, de fato, é um ato santo e,também,de santificação (1Co 7:14). Hoje, inclusive, alguns crêem e defendem veementemente que a relação conjugal é um grave pecado. Mas, o que nos chama a atenção é que, geralmente, os tais defensores têm tantos filhos quanto Jacó!

A origem de tudo. Lendo o texto de 2 Samuel 17:25:“E Absalão colocou Amasa (“fardo”) à frente de seu exército, no lugar de Joabe. E Amasa era filho de um homem chamado Itra (“abundância”), israelita, que se chegou a Abigail, filha de Naás (“serpente”), irmã de Zeruia, mãe de Joabe” (2 Sm 19:13; 20:9‐12). O destino de Amasa está sendo confirmado. Aqui, chegamos a conhecer quem era a mãe de Davi: Naás. Davi tinha duas irmãs: Abigail e Zeruia. Abigail foi mãe de Amasa e Joabe era filho de Zeruia, uma mulher de caráter forte, grande influenciadora de seus tres filhos: Abisai, Joabe e Asael (1 Cr 2:16). Davi suportava os filhos de sua irmã Zeruia, pois eram um mal necessário. Embora fossem seus sobrinhos, Davi não os considerava parentes (2 Sm 19:22).Mas Davi amava o filho de sua irmã Abigail (2 Sm 19:13), e a ambos, mãe e filho, considerava de fato seus parentes sanguíneos: carne da mesma carne e osso dos seus ossos.

Sabemos, pelo texto acima que Naás era mãe de Davi, e Zeruia e Abigail suas irmãs por parte de mãe. Davi, com isso, era filho de Jessé com Naás. Esta era a razão pela qual Davi vivia isolado com a sua mãe em uma pequena tenda no campo, onde:

(1) Era considerado vil (Sl 69:19) e como pastor de umas poucas ovelhas, foi acusado indiretamente de fracassado por seu irmão mais velho (1 Sm 17:28).
(2) Seus irmãos o abandonaram no lodo (Sl 69:2).
(3) Foi deixado no deserto, desesperado (Sl 69:3).
(4) Foi odiado sem razão muitas vezes (Sl 69:4).
(5) Seus irmãos eram seus inimigos gratuitamente (Sl 69:4c).
(6) Vivia sob grande afronta e vergonha por causa da situação civil de sua mãe (Sl 69:19; Sl 51:5). Mas sua mãe era uma mulher forte e o ensinou a vencer os desafios da vida.
(7) Era considerado estrangeiro por seus irmãos (Sl 69:8).
(8) Passou fome (Sl 69:10).
(9) Era objeto de escárnio de seus irmãos (Sl 69:11). Um de seus irmãos era o principal autor desses escárnios; por isso o tal perdeu o seu lugar na lista dos filhos de Jessé e o seu nome foi borrado e Davi tomou o seu lugar, conforme a profecia dita a Rute, mas que se cumpriu em Davi (Sl 69:28; Rt 4:14,15): “...Melhor do que sete filhos”, era o oitavo filho de Jessé (1 Sm 16:6‐10; 1 Cr 2:15).
(10) Era motivo de fofocas (Sl 69:13) e tema das canções dos bêbados.
(11) Sabia qual era a sua grande afronta, por ser um filho ilegítimo (Sl 51:5; Sl 69:19).
(12) Era odiado pelos seus irmãos, que zombavam dele (Sl 69:21).
(13) Chamado de presunçoso, maldoso e bisbilhoteiro (1 Sm 17:28). Bisbilhoteiro, só é chamado se voce nao for considerado da familia e se voce não vive dentro da mesma casa.
(14) Era acusado sem saber porquê (1 Sm 17:29).


Por que Davi era tão odiado? Davi nasceu como fruto de uma relação conjugal contratada, como aconteceu com Léia e Raquel (Gn 30:12‐16), Sara e Agar (Gn 16:2). Naás ficou grávida de Davi da mesma forma como Léia ficou de Issacar. A tradição judaica diz que Naás era uma das servas de Jessé, assim como Bila e outras eram servas de Jacó. O acontecimento causou tanta dor e agonia em todos, que Jessé acabou providenciando uma pequena tenda à parte no campo, onde, com alguns animais e poucas ovelhas, aquela pequena família viveu. Uma outra Léia levantou‐se, mas em Belém de Judá, Naás. Depois ou ja eram nascidas, outras duas filhas: Zeruia e Abigail, as quais serão mães dos maiores generais da história de Israel: Amasa, Joabe, Abisai e Asael, todos sobrinhos de Davi (2 Sm 17:25).

A aparência de Davi coma sua mãe revoltava os seus sete irmãos, que zombavam dele constantemente, fazendo‐lhe maldades das mais cruéis, desejando a sua morte. Sua vida foi cruel no meio de seus irmãos. Jessé o detinha ali, um pouco longe deles, mas era em vão.

O que eu vejo numa pessoa que nasceu neste lar, e ainda teve que enfrentar urso e leão, para proteger o rebanho de seu pai, as malhadas. As escoria das ovelhas, porque não servia para sacrifício. Crescer e meios a tantos conflitos familiares e se possível passar na cara que era bastardo, porque o bastardo não tinha o direito de entrar na casa principal, comer e festejar juntos não podia. Então o enfrentar o urso e o leão, não vejo como uma bravura, mas alguém que desejava a morte, porque não faria diferença nenhuma na vida dele, viver ou morrer naquele momento. Até porque ninguém o viu fazer tal coisa para ser um ato de bravura.

Naquela tenda pastoril, criado pela sua mãe, ele aprendeu a tocar harpa, a arte da guerra, a acertar alvos com pedras, a arte da funda, e os segredos da noite no meio de seu pequeno rebanho, atração dos leões ferozes da região. Ruivo como a sua mãe, de belo parecer, sisudo em palavras, valente, cheio de ânimo, varão de guerra e, acima de tudo, o Senhor era com ele (1 Sm 16:18).Por todas estas coisas maravilhosas inspirava inveja de todos os seus irmãos. Ele jamais havia comido na mesa da casa de seu pai. Jamais havia assentado‐se no meio de seus irmãos. Era uma utopia pensar que um dia seria diferente.

“Preparas uma mesa perante mim, na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda”.

Samuel conversou a sós com Jessé, que consente em santificar os seus filhos. Jessé não rejeitou pagar os valores da santificação, como era comum (Lv 27:1‐12). Seus sete filhos foram santificados, menos Davi pois não tinha o status de filho. Ele não pode presenciar nenhum daqueles movimentos. Sacrifícios foram oferecidos, e a sua casa tornou‐se um tabernáculo. Ele daria tudo para ver tudo aquilo que foi negado aos seus olhos.

Samuel preparou o chifre com azeite genuíno, especial para ungir o novo rei. Jessé saiu pelos quartos falando forte com todos os sete filhos, um por um: “Arrumem‐se! Hoje é um dia especial”. Mas, lá no campo, Davi, alimentava as ovelhas e sussurrava aquela parte da canção, indagando o que seria: “Preparas uma mesa perante mim, na presença de meus...”. Sem que ninguém tivesse conhecimento da intenção divina nem do profeta, Samuel, depois de santificá‐los, os convida à festa que começa. Assim, Samuel inicia a cerimônia, chamando o primogênito de Jessé. Ele vem: alto, forte e de bela aparência. Samuel pensa ser aquele. Mas Deus o repreende e ordena‐lhe que veja mais fundo: no coração. Um por um, passaram todos os filhos: o belo, o forte, o corajoso, o intelectual, o zombador, o obediente, o desobediente, enfim, todos! Olhando ao coração, bem no interior do espírito, fato comum ao profeta, nenhum deles foi aprovado. Deus não escolheu nenhum deles.

Samuel percebeu logo que algo estava errado. Como profeta, sabia que a família estava dividida. Mas não entrou em detalhes e perguntou: “Há mais algum mancebo?”.
Não perguntou se havia filhos. Perguntou se havia mancebos, pois a sabedoria dizia que Davi não tinha status de filho(pelo menos legitimo não). Jessé não esperava aquela pergunta. Mas respondeu: “O menor, ele está cuidando das ovelhas”. Samuel pediu que o trouxessem, pois não se assentariam à mesa até que ele chegasse ali.

Perceberam? Que a mesa ja estava pronta? 
E ele não participa.

Não havia roupa especial para ele. Na sua concepção, ele jamais usaria uma roupa festiva. Então, vestido como um pastorzinho, o levaram. Mas, enquanto o profeta pensava, Deus o despertou: “Eis aí o rei. Unge‐o!”. O azeite cairá sobre a sua cabeça, e levará vinte e oito anos para chegar às orlas de seus vestidos (Sl 133).
A seguir, eles assentaram‐se à mesa. Davi não sabia como comportar‐se ali. seus irmãos o encaravam; ele baixava os olhos,mas por dentro dizia, cheio de gozo: “Preparas uma mesa perante mim, ma presença de meus angustiadores; unges a minha cabeça com óleo, e o meu coração dispara!” (Sl 118:22).

A partir daqui, muitas situações adversas passaram sobre ele, mas a unção o ajudou a triunfar. Não somente triunfará sobre todas as dificuldades, como também registrará nos seus salmos, em suas preciosas orações, como confiar em Deus em meio a tamanhas circunstâncias adversas, a fim de consolar a todos aqueles que trilharem pelo mesmo caminho.

Nos seus salmos, encontramos:
(1) força que enfrenta corajosamente os seus adversários;
(2) que mesmo tendo nascido sob circunstâncias moralmente vergonhosas, pela nossa vossa vocação podemos valorizar a nossa própria dignidade, abstendo‐nos dos pecados de nossos pais;
(3) que podemos silenciosamente triunfar diante das mais graves dificuldades;
(4) que podemos lutar bravamente como guerreiros de Deus que têm sobre si uma missão nacional;
(5) que podemos confiar abertamente na justiça e na misericórdia daquele que nos chamou;
(6) que jamais sucumbiremos sob os desafios de nossa vida se tivermos memoriais e exemplos a seguir;
(7) que podemos ser consolados pelas palavras de alentos do Senhor;
(8) que, dependendo de nossa fé e de nossa convicção, poderemos avançar sem medo.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Como o camelo passa pelo fundo de uma agulha?



"E outra vez vos digo que é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus." Mt. 19:24
 
Camelo / agulha
 
Certamente Jesus não estava cogitando a hipótese contida na imagem à direita...

Na verdade Jesus se referia a passagens muito estreitas que ficavam na entrada das cidades, que se chamavam agulha, como na imagem à esquerda.

 
Agulha que camelo passa

As agulhas eram passagens próprias para os camelos, mas eles só podiam passar se estivessem despidos de qualquer carga. Então, era necessário descarregar o camelo e deixar a mercadoria do lado de fora para que ele pudesse adentrar a cidade.

As agulhas eram, portanto, uma forma de fiscalização, pois como a mercadoria ficava do lado de fora das cidades aquele que quisesse de fato comercializá-las dificilmente escaparia do controle e arrecadação de impostos.



Em analogia a esta situação, O Messias quis dizer que para entrar no Reino dos céus é preciso se despir das riquezas terrenas, porém é mais fácil despir um camelo de sua carga para passar pela agulha, do que despir um rico de seu amor aos bens materiais para entrar no Reino dos céus.


domingo, 23 de junho de 2013

A Inquisição protestante


MORTE A CIENTISTAS
1-Houveram perseguições às bruxas, cientistas e livres pensadores, de livros, fanatismo, etc, veja os exemplos:
2-A autoridade de Calvino em Genebra entre os protestantes era muito vasta e incontestada, valera-lhe o cognome de "Papa de Genebra".
3-Lutero fulminou a "razão" como a prostituta do diabo, tanto ele como Melanchton condenaram o sistema astronômico de Copérnico, alegando ser contrário às Escrituras;


CALVINO NA INQUISIÇÃO
1- Calvino ao Organizar sua igreja instituiu duas comisões: a "Veneravel Companhia", dos pastores e doutores encarregada do magisterio e o "Consistório", composto de pregadores e 12 senadores leigos que tinham a tarefa de zelar pela disciplina, a semelhança da Inquisição Medieval, sendo esta mais agressiva em seus julagementos. Esta comissao visitava as casas e servia-se de denuncia e espionagem paga, os réus gravemente culpados se persistissem no erro eram entregue ao tribunal. Este proferiu de 1541 a 1546 58 sentenças de mortes, a tortura era aplicada com frequencia. (PR, n.320/1988,pg19)

2- Calvino declarou guerra aos humanistas, que eram libertinos no plano moral; Lutero os aceitara porque ao menos combatiam o Papado.
3- Calvino chegou a uma ruptura mais radical do que Lutero. O Deus de Lutero era amor e misericórdia; o de Calvino era juiz supremo, sem apelo. A misericórdia divina da doutrina luterana foi substituida pela "lei" de Calvino. É a ela que o crente deve adaptar a sua vida. Calvino não receia deduzir que os "eleitos" são a minoria e os réprobos a maioria;
4- Os calvinistas se tornaram em primeiros tempos inimigos da ciencia, da arte e literatura, convebendo uma verdadeira fobia do prazer.Os adversarios do sistema foram reduzidos ao silencio mediante a duras punições. O medico Jerônimo Bolsec, proveniente de Paris, que ousara sublevar-se contra a doutrina de Calvino sobre a predestinação, foi exilado em 1551
5- Calvino, pai dos Presbiterianos era intolerante e não tinha piedade para com os mal pensamentos. Mandou para a fogueira um grande sábio, o humanista e médico Miguel Servet Grizar, que descobrira a circulação do sangue,por dizer que o descobrimento dele era anti biblico, por manifestar simpatia pelos Anabatistas e porque negava o dogma da Trindade. Mais Calvino mandou a fogueira também muitos outros estudiosos e cientistas.
6- João Calvino, governou com mão-de-ferro, transformou Genebra numa oligarquia religiosa, proibiu os moradores de praticar hábitos como dançar, jogar, ir ao teatro etc. Durante os quatro primeiros anos de governo houve nada menos, nada mais do que 58 execuções. Segundo Preserved Smith, houve mais casos de vício em Genebra depois da reforma do que antes;
7- No governo de Calvino Em Genebra, o adultério era punido com a MORTE; As comunidades Calvinistas de Paris, Lyon, Orleans, Ruan, Angey num sinodo geral em 1559 decretam PENA DE MORTE a todos os hereges.
8- Na reforma protestante, houve intolerância religiosa dos calvinistas com os Católicos, e uma terrível perseguição a feitiçaria. Em 1560 o Parlamento Escocês decretou PENA DE MORTE a todos os catolicos.Escócia: O poder civil aboliu por lei o catolicismo e obrigou todos a aderir à igreja “calvinista presbiteriana“. Os padres permaneceram, mas tinham de escolher outra profissão. Quem era encontrado celebrando missa era condenado à morte. Católicos recalcitrantes foram perseguidos e mortos, igrejas e mosteiros arrasados, livros católicos queimados. Tribunais religiosos (inquisições) foram criados para condenar os católicos clandestinos. ( Westminster Review, Tomo LIV, p. 453 )
9- O Protestante Teodoro Bessa, em 1554, pediu o uso da força pública contra os católicos;

REPAREM NO ENORME OBELISCO NA FRENTE DA IGREJA PRESBITERIANA.
NEM PRECISO DIZER QUE O OBELISCO É UM MONUMENTO MAÇONICO

                            
           PARA QUEM ESTIVER COM DUVIDAS, MAIS UM OBELISCO ENORME
                                              E TAMBEM A FORMA PIRAMIDAL. 














                                                                                                   TEMPLO BATISTA


MAIS UM TEMPLO BATISTA


                                  

 AGORA NÃO RESTA MAIS DUVIDAS DE QUE A BASE DO PROTESTANTISMO É A MAÇONARIA (PISO DE LOJA MAÇONICA)


                        ALTÊNTICA   LOJA MAÇONICA


                   
O SIMBOLO DA IGREJA PRESBITERIANA É UMA POMBA, MESMO SIMBOLO USADO PELA MAÇONARIA


                                       


A POMBA QUE CARREGA O RAMO DE ACÁCIA NO BICO

ESTAS IMAGENS FORAM PARA MOSTRAR AOS LEITORES AS ORIGENS DO PROTESTANTISMO.

10- A Reforma Calvinista incentivou os holandeses na sua luta contra a Espanha e os escoceses na sua luta contra os seus próprios monarcas, os Stuarts, e também contra os ingleses; Holanda: Aqui foram as câmaras dos Estados Gerais a proibir o catolicismo. Com afã miserável tomaram posse dos bens da Igreja. Martirizaram inúmeros sacerdotes, religiosos e leigos. Fecharam igrejas e mosteiros. A fama e a marca destes fanáticos chegou até ao Brasil.
11- Em 1645 nos municípios de Canguaretama e São Gonçalo do Amarante ambos no atual Rio Grande do Norte cerca de 100 católicos foram mortos entre dois padres, mulheres, velhos e crianças simplesmente porque não queriam se “batizar“ na religião dos invasores holandeses. Foram beatificados como mártires este ano.
12- Em 1570 foram enviados para o Brasil para evangelizar os índios o Pe Inácio de Azevedo e mais 40 jesuítas. Vinham a bordo da nau “S. Tiago“ quando em alto mar os interceptou o “piedoso“ calvinista Jacques Sourie. Como prova de seu “EVANGÉLICO" zelo mandou degolar friamente todos os padres e irmãos e jogar os corpos aos tubarões (Luigi Giovannini e M. Sgarbossa in Il santo del giorno, 4ª ed. E.P, pg 224, 1978
13- A perseguição contra os Católicos, na Inglaterra e na Irlanda, foi dominada pela mais escancarada intolerância religiosa; Veja algums artigos do codigo ingles para a Irlanda "O Catolico que ensinar a um outro catolico ou protestante será enforcado" , "Isolamento Perpetuo a todo sacerdote catolico: quem desrespeitar o isolamento seja ele enforcado imediantamente e logo esquartejado" , "Se um catolico adquirir terras, todo protestante tem o direito de despejá-lo"
14- Os camponeses da Irlanda pegaram em armas para defender o catolicismo. Foram trucidados impiedosamente pelos exércitos de Cromwell. Ao fim da guerra, as melhores terras irlandesas foram entregues aos ingleses protestantes e os católicos forçados à migrar para o sul do continente. Cerca de 1.000.000 de pessoas morreram de fome no primeiro ano do forçado exílio. Esta guerra criou uma rivalidade entre ingleses protestantes e irlandeses catolicos
15- Em 1555 o consistório de Genebra recebe do conselho da cidade o direito de excomungar. Durante dez anos Calvino reina como senhor supremo, sendo que para ele, há uma necessidade da igreja pregar a palavra de Deus mas o estado reinar com dureza e ordem;
17- Até as comemorações do Natal e da Páscoa eram rigorosamente proibidas. O calvinismo expandiu-se pela maior parte da Europa onde o comércio e as finanças eram atividades preponderantes;
18- Quando morre Calvino, o mapa religioso da Europa parecia um espelho quebrado, deformando a imagem da igreja. O Imperador cansado de guerras, reconhece que os súditos deveriam acatar à religião de acordo com cada região alemã;
19- Calvino chegou a uma ruptura mais radical do que Lutero. O Deus de Lutero era amor e misericórdia; o de Calvino era juiz supremo, sem apelo. A misericórdia divina da doutrina luterana foi substituida pela "lei" de Calvino. É a ela que o crente deve adaptar a sua vida. Calvino não receia deduzir que os "eleitos" são a minoria e os réprobos a maioria;
20- A Igreja Calvinista benzia a nova ética burguesa; Calvino levou muito mais longe do que Lutero o individualismo religioso: para ele, cada crente devia aplicar todas as suas forças a fim de atingir a felicidade pessoal. A sua Igreja era uma Igreja de eleitos;

21- 0 calvinismo santificava todas as ignomínias da acumulação capitalista e também o desprezo e a crueldade para com os pobres "reprovados" por Deus.


LUTERO NA INQUISIÇÃO


http://img26.imageshack.us/img26/5104/12312371lutero1.jpghttp://img715.imageshack.us/img715/9084/luterow.png
Estatua de Lutero, comparada com famoso livro Ritual e Monitor de Duncan, página 17

http://img11.imageshack.us/img11/720/lutero.jpg
Lutero sendo retratado pela Christian News, uma publicação periódica Luterana, fazendo um sinal oculto com a mão, ao lado de seu símbolo, uma rosa com uma cruz no centro (simbolo da seita rosa cruz).


Lutero e a Ordem Rosacruz 

ACOMPANHEM NESTE LINK DO YOUTUBE ABAIXO, A PROVA DE QUE LUTERO ERA MAÇOM.
E É A ESTE HOMEM QUE AS IGREJAS EVANGELICAS SEGUEM HOJE.

A Assembléia de Deus é uma comunidade protestante, segundo os princípios da Reformada Protestante pregada por Martinho Lutero, no século 16, contra a Igreja Católica.
FRASE USADA PELA ASSEMBLEIA DE DEUS

1- Enquanto Lutero se conservava em 1534 em Wartburg, a agitacao crescia na alemanha. Apareceu a corrente dos anabatistas, que interpretavam ousadamente o pensamento de Lutero, negando o batismo de crianças e batizando de novo os adultos,preconizavam uma "igreja de santos", posto a par da situacao Lutero voltou a Wittenberg. Conseguiu o apoio do braço secular, restabelecer a ordem em Wittenberg.Mas teve de enfrentar a revolta dos camponeses (1524-25) que esmagados por tributos valiam-se da proclamacao da liberdade frente aos senhores civis e eclesiasticas. Tomas Munzer chefe dos anabatistas, incitava os camponeses a revolta.Lutero optou pela sufocação violenta dos revoltosos e Tomas Munzer foi decaptado.
2- Lutero em 1525 escreve aos nobres : "Matem quantos camponeses puderem: Tomem, pegue, degolem quem puder.Feliz serão se morrermos unidos e morrer em obediencia a Palavra Divina." nesta epoca mais de 100.000 Lavradores camponeses pereceram.
3- Na Alemanha de Lutero foram queimadas mais de 100.000 bruxas. Ate crianças de até 7 anos e ancioes morimbundos nao eram poupados. Um juiz protestante sozinho condenou a morte em 16 anos 800 bruxas ( Uma media de 50 por ano)
4- A oposição de Lutero contra os Anabatistas, causou a morte de milhares de pessoas;
5- Difundiram-se idéias novas entre os Anabatistas: falou-se de "Revolução Pacífica" e isso foi a espera passiva da segunda vinda de Cristo. Mas, em determinadas seitas, essas idéias associaram-se a apelos e atos de violência que deveriam purificar o mundo dos "infiéis" antes da chegada do Messias;
6- Nas fronteiras do Luteranismo e freqüentemente contra ele, desenvolviam-se movimentos violentos. Exemplo disso foram os Anabatistas, que para eles não se tratava apenas de negar todo valor do Batismo dado às crianças; eles pretendiam alcançar uma sociedade comunista, liberta dos padres e dos príncipes;
7- Em 1534, um grupo de Anabatistas apoderaram-se do governo da cidade episcopal de Munster, na Vestfália, tornando-a uma Nova Jerusalém onde foram postas em prática todas as fantasias acumuladas do setor lunático do movimento. As propriedades foram confiscadas e introduziu-se a poligamia;
8- Alemanha: Na época era dividida em Principados. Como havia muito conflito entre eles, chegaram no acordo que cada Príncipe escolhesse para os seus súditos a religião que mais lhe conviesse. Princípio administrativo do “cujus regio illius religio“. Os príncipes não se fizeram rogar. Além da administração mundana, passaram também a formular e inventar doutrinas. A opressão sangrenta ao catolicismo pela força armada foi a conseqüência de semelhante princípio. Cada vez que se trocava um soberano o povo era avisado que também se trocavam as “doutrinas evangélicas“ (Confessio Helvetica posterior ( 1562 ) artigo XXX ).
9- Relata o famoso historiador Pfanneri: “uma cidade do Palatinado desde a Reforma, já tinha mudado 10 vezes de religião, conforme seus governantes eram calvinistas ou luteranos“ ( Pfanneri. Hist. Pacis Westph. Tomo I e seguintes, 42 apud Doellinger Kirche und Kirchen, p. 55)

ZWGLIO NA INQUISIÇÃO

1- Zwínglio caracterizava-se por um humanismo, um radicalismo e também um racionalismo estranhos ao luteranismo. A piedade para Zwínglio é sobretudo social;
2- As autoridades, interessadas na reforma, viam nela um meio de realizar os seus fins políticos, sociais e econômicos, para maior bem da oligarquia local. Esta reforma teve um chefe eminente na pessoa de Ulrich Zwinglio (1484 - 1531). Participou pessoalmente na guerra iniciada por Zurique contra os cantões florestais;
3- Em 1525 Tomás Munzer pregava uma luta a ferro e fogo contra o clero católico, e os camponeses começaram a saquear e a incendiar os mosteiros e castelos, e até a assassinar alguns dos seus adversários mais odiados;
4- Em 1528, na Suíça, estourou uma guerra civil, entre Protestantes e Católicos, ao cabo de dois anos.
5- -Em 1531 os Protestantes concordaram em que a escolha de uma religião para cada zona da Suíça fosse feita pelos governos cantonais;

ESPERO QUE MEDIANTE A TODAS ESTAS PROVAS, O POVO EVANGÉLICO ACORDE PARA REALIDADE E SAIAM DESSAS DENOMINAÇÕES FUNDADAS
POR ESSES HOMENS.

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. 
João 8:32









segunda-feira, 20 de maio de 2013


Lúcifer não é satanás: a verdadeira origem do mal

Porém uma coisa é certa, e esta é uma reflexão minha, o poder e a riqueza são os elementos que mais tentam o coração dos justos à desobediência aos preceitos de Deus, levando o homem à loucura. Foi exatamente isso o que aconteceu a Nabucodonossor. Depois de tanto poder e riqueza ele começou a se desviar dos caminhos de Deus; a gota d'água foi quando ele fez uma imagem de ouro de outro deus, e obrigou que todos a adorassem:

>> terça-feira, 29 de janeiro de 2013 –  estudos
O Que a Bíblia Diz?
Quem é "Lúcifer"?


O nome Lúcifer é freqüentemente aplicado a Satanás, mas não há base bíblica para esta ideia  A palavra "Lúcifer" é a tradução em algumas Bíblias (ainda que não nas versões portuguesas mais comuns) da palavra hebraica hêlîl em Isaías 14:12. Versões bem conhecidas como a Revista e Corrigida, a Revista e Atualizada (1 e 2) e a Linguagem de Hoje traduzem esta palavra como "estrela da manhã."


veja em Wikipedia:
 LÚCIFER

Isaías 14 é uma profecia sobre a queda do rei de Babilônia (veja 14:4). Este rei exaltava-se, buscando tomar a glória que pertence a Deus. A profecia de Isaías 14 mostra que ele seria derrubado de volta à terra.


É interessante que o Novo Testamento fale sobre a "estrela da alva" (2 Pedro 1:19) e a "estrela da manhã" (Apocalipse 2:28; 22:16). Em todas estas passagens, é claro que a estrela da manhã não é Satanás, ou qualquer outra criatura blasfema. O próprio YAHUSHUA é a brilhante estrela da manhã que abençoa seus servos fiéis.


Então, por que o nome "Lúcifer" é freqüentemente aplicado a Satanás? O uso partiu de uma interpretação errada de Isaías 14:12. Muitos comentaristas inseriram algo maior neste texto, vendo-o como uma explicação da origem de Satanás. Certamente há razão para acreditar que o Diabo foi um dos anjos (Jó 1:6), que ele tem estado em rebelião contra Deus desde antes da criação da Terra (1 João 3:8; veja Gênesis 3), e que vários anjos seguiram sua desobediência e serão castigados eternamente (Judas 6). O que o rei de Babilônia fez foi o mesmo tipo de pecado: desafiar a autoridade do Rei dos reis. Neste sentido, podemos pensar em "Lúcifer" como um filho ou discípulo de Satanás (veja João 8:44), mas a profecia de Isaías 14:12 não está falando especificamente do Diabo.


Esta é uma lição permanente para nós de Isaías 14. O rei de Babilônia serve como um lembrete claro da verdade das palavras de YAHUSHUA em Lucas 14:11: "
... todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado." Que possamos andar humildemente com nosso Deus.

SATANÁS NUNCA FOI LÚCIFER: A VERDADE SOBRE A ORIGEM DO MAL


PRIMEIRAS PALAVRAS

O Mal é algo que só se caracteriza graças, primeiramente, a existência do Bem. Porém, ao caracterizar-se, o Mal acaba por caracterizar o Bem, ou seja, caracteriza que o Bem é Bom. O Bem e o Mal são forças que se anulariam caso existisse apenas uma. Por exemplo, a saúde é algo bom, mas só para quem conhece a doença, que é algo mau. Ora quando temos saúde não damos importância ao tipo de bebida ou comida que consumimos. O importante é que sejam agradáveis ao nosso paladar. No entanto, quando adoecemos é que percebemos que a saúde é algo bom, ou seja, por intermédio do mal descobri que o bem é bom. 


Essa relação é diretamente proporcional, ou seja, quanto maior for o mal, mais certeza teremos de que o bem é bom. No exemplo em questão, quanto maior for a enfermidade mais certeza terá o enfermo de que a saúde é algo bom. Logo, o mal da doença caracteriza a benignidade da saúde. Mas, não existe doença sem que haja primeiramente a saúde. Portanto, o mal caracteriza o bem, mas sua existência depende da prévia existência do bem.


Muitos, ou todos, condenam Adão e Eva por terem comido o fruto da árvore do conhecimento entre o Bem e o Mal. Para nós é muito fácil dizer que o que eles fizeram não foi correto, mas só sabemos disso porque somos conhecedores do pecado. Certamente que Adão e Eva não sabiam que a vida eterna era algo bom, até conhecerem a morte. Depois disso, passaram a dar valor ao fruto de uma árvore que sempre esteve à disposição deles, mas lhes parecia tão normal quanto às outras, por isso não lhe dava importância: A Árvore da Vida. Mas, agora não eram mais dignos de chegarem a ela. Por isso Deus colocou querubins para guardarem-na:

"Então, disse o ALTÍSSIMO Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim não estenda a mão, e tome também a árvore da vida, e coma, e viva eternamente.
O ALTÍSSIMO, por isso, o lançou fora do jardim do éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado.E, Expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do éden (...) para guardar o caminho da árvore da vida" ( Gn 3:22-24 ) 

Portanto, a Vida Eterna só se caracterizou como algo bom graças ao conhecimento sobre a Morte que, naquele momento, caracterizava-se como má.


Uma questão pode ser levantada nesta situação: "Qual motivo da existência da árvore do conhecimento, sobre o bem e o mal, no paraíso, se ela viria a trazer tantos malefícios?"

Acredito, e agora se trata de uma reflexão meramente individual, portanto passível de discussão, que a existência da árvore do conhecimento tem o objetivo de caracterizar a benignidade de Deus, ou seja, primeiro existiu o Bem, mas foi necessária a introdução do Mal para que o Bem pudesse ser caracterizado.

                                       
E, com base nisso, pode-se afirmar: "O Mal já existia no paraíso antes mesmo da criação do homem, mais precisamente no terceiro dia da criação ele surgiu. Logo, é verdade afirmar que Adão e Eva foram os primeiros homens a pecar, mas não que eles foram os responsáveis pela introdução do mal no paraíso, pois o Mal já existia antes mesmo deles terem comido o fruto proibido. Ora, Satanás estava na serpente, logo o Mal já existia e tanto isso é verdade que Deus criou a primeira lei: "... de toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás..." ( Gn 2:16-17 ). Se havia lei era porque já havia o mal (transgressão), pois: "onde não há lei, também não há transgressão..." ( Rm 4:15 ); "pela lei vem o pleno conhecimento do pecado" ( Rm 3:20 ).

Sabe-se, portanto, que o Mal já existia no paraíso antes mesmo de Adão e Eva terem pecado, mas a questão que fundamenta este estudo é:
 "Como surgiu o Mal?". Necessariamente quando se busca um conhecimento sobre origem do mal, busca-se, também, o conhecimento sobre a origem de seu maior representante: Satanás (Diabo).
 

Mas  adiante vamos discorrer um aprofundado estudo bíblico a procura de evidências que possam fundamentar toda essa estória de um dia Satanás ter sido Lúcifer, um anjo que queria ser mais poderoso que Deus, e que iniciou uma peleja no Céu, na qual foi derrotado e lançado a Terra e nos tenta até hoje.
Após este estudo descobriremos que tudo isso não passa de uma lenda causada por uma interpretação equivocada dos leitores e estudiosos da bíblia.


OS POVOS MAIS ABENÇOADOS POR DEUS


Na bíblia, mais precisamente no Antigo Testamento, há relatos sobre dezenas de povos que tiveram, direta ou indiretamente, alguma relação com o povo de Israel. Entre eles podemos citar os
 egípcios, os babilônios, os sidomeses, os de Tiro, os da Assíria, os de Moabe, etc.

Todos esses povos tiveram alguma relação negativa com o povo de Israel e, através de profecias, receberam duras penas de Deus. No livro intitulado Ezequiel encontra-se várias profecias contra alguns desses povos. Por exemplo, em Ez 25 há profecias contra os povos de
 Amom, Moabe, Edom e Filístia. Em várias outras partes da bíblia, principalmente em Isaias, Jeremias, Ezequiel e Daniel, podem ser encontradas diversas dessas profecias.

Porém, em relação a alguns povos Deus, por intermédio dos profetas, além de anunciar profecias de destruição, anunciou, também, lamentações. Os únicos povos que Deus lamentou destruir foram:
 Israel, Egito, Tiro e Babilônia.



3.2  O POVO DO EGITO 
Antes de iniciarmos uma análise sobre a relação que Deus tinha com o Egito, é preciso que se reflita sobre a seguinte indagação: "Se Deus, em Suas próprias palavras, ao descrever o Brasil, simbolicamente, o comparasse a maior, mais bela e formosa árvore do éden e que nenhuma outra árvore a ela se assemelhava. Que conclusões poderíamos tirar disso? Ora, que o Brasil seria um lugar abençoado por Deus e Ele muito o quer bem. Correto?

Pois você sabia, leitor, que foi exatamente essa comparação que Deus fez, por intermédio do profeta Ezequiel, ao descrever o Egito? 

"(...) Veio a mim a palavra do ALTÍSSIMO, dizendo: Filho do homem, dize a faraó, rei do Egito, e a multidão do seu povo: A quem és semelhante na tua grandeza?
(...) Se elevou a sua estatura sobre todas as árvores do campo, e se multiplicaram os seus ramos (...) por causa das muitas águas durante o seu crescimento.
Os cedros no jardim de Deus não lhe eram rivais (...), nenhuma árvore do jardim de Deus se assemelhava a ele na sua formosura. (...) Todas as árvores do éden, que estavam no jardim de Deus, tiveram inveja dele." ( Ez 31:1-2;5;8-9 )

Quem proporcionou ao Egito ser merecedor de tais adjetivos? Ora, o próprio Deus assim o fez:

"Formoso o fiz na multidão de seus ramos; todas as árvores do Éden, que estavam no Jardim de Deus, tiveram inveja dele..." (Ez 31:9). 
Mas, apesar de todas as bênçãos recebidas, os egípcios não as reconheceram como sendo oriundas de Deus. Antes acreditavam ser Faraó um deus:
"A terra do Egito se tornará em desolação e deserto; e saberão que eu sou o ALTÍSSIMO. Visto que disseste: o rio é meu, e eu o fiz, eis que estou contra ti e contra os teus rios." (Ez 29:9-10). 

Por esta razão Deus decidiu entregar o Egito nas mãos de Nabucodonossor, rei da Babilônia, assim como fez a Israel:

"(...) Assim diz o ALTÍSSIMO Deus: Eis que eu darei a Nabucodonossor, rei da Babilônia, a terra do Egito (...)" (Ez 29:19) 
"Assim diz o ALTÍSSIMO Deus: Eu, pois, farei cessar a pompa do Egito, por intermédio de Naucodonossor, rei da Babilônia." (Ez 30:10)
É, portanto, por Deus ter abençoado a Faraó e este não ter reconhecido que seu poder vinha de Deus, ao contrário, ele achava que era um deus, que Ele lamentou profundamente ter que destruí-lo:
"Filho do homem, levanta uma lamentação contra Faraó, rei do Egito, e dize-lhe: ...Quando eu te extinguir, cobrirei os céus e farei enegrecer as suas estrelas; encobrirei o sol com uma nuvem, e a lua não resplandecerá a sua luz. Por tua causa, vestirei de preto todos os brilhantes luminares do céu e trarei trevas sobre o teu país, diz o ALTÍSSIMO Deus." (Ez 32: 2,7-8).

3.3  O POVO DE TIRO
Tiro era uma cidade muito próspera no comércio marítimo e, por causa disso, exercia grande influência sobre diversos povos, sendo considerada a "Feira das Nações" (Is 23:3), ou seja, a fonte de abastecimento dos povos. Tiro era também chamada de "a Grande Distribuidora de Coroas" (Is 23:8), caracterizando a grande riqueza que possuía.

Em Ez 27 acha-se uma lista dos povos aos quais Tiro exercia grande influência comercial. Povos como: Basã, Egito, Sidom, Persas, Társis, Síria, Judá, Israel, Arábia, Sabã, entre outros. Em troca das mercadorias oriundas da cidade Tiro os povos davam: Prata, bronze, escravos, madeira de Ébano, esmeraldas, linho puro, trigo, azeite, cordeiros, bodes, carneiros, ouro, aromas finos, navios e, inclusive, povos como os Persas ofereciam seus soldados para lutarem em nome de Tiro:

"
Os Persas (...) se acharam em teu exército e eram teus homens de guerra; escudos e capacetes penduraram em ti; manifestaram a tua glória." (Ez 27:10)

Como pudemos observar, a cidade de Tiro era muito rica, próspera e, sobretudo, poderosa. Todo esse poder foi conseguido graças ao seu rei, que vamos conhecer a seguir.


3.3.1  O REI DE TIRO
Era um dos homens mais sábios da época, segundo as próprias palavras de Deus:
"Sim, és mais sábio que Daniel, não há segredo algum que possa esconder de ti; pela tua sabedoria e pelo teu entendimento, alcançaste o teu poder e adquiriste ouro e prata nos teus tesouros..." (Ez 28:3-4). 

Sendo, como pudemos verificar, mais sábio que Daniel, um dos grandes profetas de Deus. Logo, pode-se dizer que o rei de Tiro era uma pessoa abençoada por Deus, uma vez que só Deus dá a sabedoria e o poder:


"
Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a eternidade, porque dele é a sabedoria e o poder; é ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes." (Dn 2:20-21). 

A todos aqueles que Deus dá a sabedoria, esta lhe proporciona sorte de bens e tesouros, como aconteceu com o rei de Tiro:

"Eu, a sabedoria, (...) ando pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo, para dotar de bens os que me amam e lhes encher os tesouros." (Pv 8:12;20-21)

Porém os estrondosos aumentos de riquezas e de poder fizeram com que o rei de Tiro ganhasse tanta estima, de diversos povos, que ele começou a achar que era o próprio Deus:

"...Dize ao príncipe de Tiro: Assim o diz o ALTÍSSIMO Deus: Visto que se eleva o teu coração,e dizes: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento no coração dos mares, e não passas de homem e não és Deus, ainda que estimas o teu coração como se fora o coração de Deus..." (Ez 28:2). 

Por causa disso, Deus decidiu entregar a cidade de Tiro nas mãos da Babilônia:

"...Assim diz o ALTÍSSIMO Deus: Eis que eu trarei contra Tiro a Nabucodonossor, rei da Babilônia..." (Is 23:13,15).


3.4  O POVO DA BABILÔNIA
A Babilônia, no reinado de Nabucodonossor, era o povo mais forte, rico e poderoso da época. Se você, leitor, percebeu, todos os outros três povos, analisados por nós, foram submetidos ao poder da Babilônia.
Para se entender melhor o motivo de Deus ter dado tanto poder à Babilônia é necessário que se estude, e entenda, a relação entre Nabucodonossor e Deus. 

3.4.1  O REI DA BABILÔNIA
Não existiu um rei, não-judeu, tão abençoado por Deus quanto o rei Nabucodonossor, e isso pode ser claramente observado na forma como o próprio Deus se referia a ele:
"O rei dos reis" (Ez 26:7);"Meu servo" (Jr 27:6 e Jr 43:10).

Nabucodonossor foi um rei que conquistou grande poder graças a sua fidelidade a Deus, pois Deus abençoa os justos, como assim o fez a Nabucodonossor:

"Eu fiz a terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, com meu grande poder e com meu braço estendido, e os dou àquele a quem for justo. Agora, eu entregarei todas estas terras ao poder de Nabucodonossor, rei da Babilônia, meu servo; e também lhe dei os animais do campo para que o sirvam..." (Jr 27:5-6).
Por ter sido considerado, por Deus, uma pessoa justa é que Nabucodonossor teve a honra de receber aqueles dois adjetivos da própria boca de Deus.

O rei Nabucodonossor era fiel a Deus, ao qual O reconhecia como "O Deus dos deuses" e "O Altíssimo dos reis" (Dn 2:46-47) e bendizia o Seu nome:

"(...) Eu, Nabucodonossor, levantei os olhos ao céu (...) e bendisse o Altíssimo (..), louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos (...)" ( Dn 4:34,37 )

Deus abençoava tanto a Nabucodonossor que, durante o cativeiro, ordenou que o Seu povo prestasse obediência ao rei da Babilônia, punindo com a morte quem assim o não fizesse (Jr 27:11-14). Portanto, não há dúvidas que a Babilônia era uma grande nação abençoada por Deus por causa de seu rei.


O reflexo do caráter e obediência de Nabucodonossor pode ser visto no poder e nas glórias alcançadas pela Babilônia:

"Fortalecerei os braços do rei da Babilônia e lhe porei na mão a minha espada (...)" (Ez 30:24)
"Saberão que eu sou o ALTÍSSIMO, quando eu puser a minha espada nas mãos do rei da Babilônia..." (Ez 30:25);
"A Babilônia era um copo de ouro na mão do ALTÍSSIMO..." (Jr 51:7);
"Tu, Babilônia, eras o meu martelo e minhas armas de guerra; por meio de ti destruireis..." (Jr 51:20).

Porém uma coisa é certa, e esta é uma reflexão minha, o poder e a riqueza são os elementos que mais tentam o coração dos justos à desobediência aos preceitos de Deus, levando o homem à loucura. Foi exatamente isso o que aconteceu a Nabucodonossor. Depois de tanto poder e riqueza ele começou a se desviar dos caminhos de Deus; a gota d'água foi quando ele fez uma imagem de ouro de outro deus, e obrigou que todos a adorassem:
Porém uma coisa é certa, e esta é uma reflexão minha, o poder e a riqueza são os elementos que mais tentam o coração dos justos à desobediência aos preceitos de Deus, levando o homem à loucura. Foi exatamente isso o que aconteceu a Nabucodonossor. Depois de tanto poder e riqueza ele começou a se desviar dos caminhos de Deus; a gota d'água foi quando ele fez uma imagem de ouro de outro deus, e obrigou que todos a adorassem:
"O rei Nabucodonossor fez uma imagem de ouro... Levantou-a no campo de Dura, na província da Babilônia... Qualquer que não se prostrar e não adorar será, no mesmo instante, lançado na fornalha de fogo ardente." (Dn 3:1,6)
Neste momento Deus perdoa Israel e arrepende-se do mal que lhe fez: 
"...Assim diz o ALTÍSSIMO, Deus de Israel...: Se permaneceres nesta terra, então, vos edificarei e não vos derribarei; porque estou arrependido do mal que vos tenho feito." (Jr 42:9-11).

Deus, então, anuncia a destruição da Babilônia:

"Eis agora vem uma tropa de homens, cavaleiros de dois a dois. Então, ergueu ele a voz disse: Caiu, caiu Babilônia; e todas as imagens de escultura dos seus deuses jazem despedaçadas por terra." (Is 21:9-10) 
"Ponde-vos em ordem de batalha em redor contra a Babilônia, todos vós que manejais o arco; atirai-lhe, não poupeis as flechas; porque ela pecou contra o ALTÍSSIMO... Portanto, assim diz o ALTÍSSIMO dos Exércitos, o Deus de Israel: Eis que castigarei o rei da Babilônia e a sua terra..." (Jr 50:14,18)

Porém, Deus lamentou profundamente ter que fazer isso:
"A Babilônia era um copo de ouro na mão do ALTÍSSIMO, o qual embriagava a toda a terra; do seu vinho beberam as nações; por isso, enlouqueceram. Repentinamente, caiu Babilônia e ficou arruinada; lamentai por ela, tomai bálsamo para a sua ferida; porventura sarará. Queríamos curar Babilônia, ela, porém, não sarou; deixai-a, e cada um vá para a sua terra; porque o seu juízo chega até ao céu e se eleva até as mais altas nuvens." (Jr 51:7-9)
"Tu Babilônia, eras o meu martelo e minhas armas de guerra; por meio de ti, despedacei nações e destruireis; por meio de ti despedacei o homem e a mulher, despedacei o velho e o moço, despedacei o jovem e a virgem; por meio de ti, despedacei o pastor e seu rebanho, despedacei o lavrador e sua junta de bois, despedacei governadores e vice-reis." (Jr 51: 20-23)
Então, por meio de um sonho, Deus anuncia a Nabucodonossor a sua queda e destruição do reino:
"Eu, Nabucodonossor, estava tranqüilo em minha casa e feliz no meu palácio. Tive um sonho que me espantou; e, quando estava no meu leito, os pensamentos e as visões da minha cabeça me turbaram.
Eram assim as visões da minha cabeça (...): Eu estava olhando e vi uma árvore no meio da terra, cuja altura era grande; crescia a árvore e se tornava forte, de maneira que sua altura chegava até ao céu; e era vista até os confins da terra. A sua folhagem era formosa, e o seu fruto, abundante, e havia nela sustento para todos (...) No meu sonho (...) vi um vigilante, um santo, que descia do céu, clamando fortemente e dizendo: Derribai a árvore, cortai-lhe os ramos, derriçai-lhe as folhas, espalhai o seu fruto; afugentem os animais de debaixo dela e as aves, dos seus ramos.
A árvore que viste, que cresceu e se tornou forte, cuja altura chegou até ao céu, e que foi vista por toda a terra (...)
És tu, ó rei, que cresceste e vieste a ser forte; a tua grandeza cresceu e chega até ao céu, e o teu domínio, até a extremidade da terra.
Esta é a interpretação, ó rei, este é o decreto do Altíssimo, que virá contra o rei, meu Altíssimo: Serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo, e dar-te-ão a comer ervas como aos bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer." (Dn 4:4-5, 10-14, 20, 22, 24-25)

Em Dn 4:33-34, 37 encontra-se, em detalhes, como aconteceu a queda de Nabucodonossor. Analisando-se esse trecho percebe-se que Nabucodonossor foi humilhado por Deus mas, apesar de toda a desgraça que lhe foi imposta, ele arrependeu-se de tudo o que tinha feito de mal aos olhos do ALTÍSSIMO e O glorificou:


"No mesmo instante, se cumpriu a palavra sobre Nabucodonossor, e foi expulso de entre os homens e passou a comer ervas como os bois, o seu corpo foi molhado com o orvalho do céu, até que lhe cresceram os cabelos como as penas da águia, e as suas unhas, como as das aves. Mas, no fim daqueles dias,eu, Nabucodonossor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.

Agora, pois, eu, Nabucodonossor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba." (Dn 4:33-34, 37)


Com isso terminamos nossa análise sobre os povos mais abençoados por Deus e, partindo desse conhecimento, vamos descobrir quão equivocada é a interpretação bíblica que os grandes estudiosos fazem sobre a origem de Satanás, maquiando-o como tendo sido um Anjo de Deus.


4  OS SUPOSTOS FUNDAMENTOS PARA A ORIGEM DE SATANÁS
Como já foi dito, no início dessa discussão, os supostos fundamentos para sustentar a teoria de que Satanás era um anjo, chamado Lúcifer, são encontrados em três livros bíblicos, aos quais vamos analisar agora:


4.1  EZEQUIEL, CAPÍTULO 28 E VERSOS DE 13 A 17
"Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados
Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti.

Na multiplicação do teu comércio, se encheu teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lancei, profanado, fora do monte santo de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras.


Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem."

Acredita-se que esse trecho seja sobre a origem de Satanás porque se pode encontrar fortes evidências, como as que estão destacadas em negrito no texto.


A bíblia é um poderoso instrumento que deve ser utilizado para o estudo, e não apenas para uma leitura solta e vazia; estudar a bíblia, acredito, é analisá-la cuidadosamente, sem pressa, observando todo o contexto histórico de cada verso e ligando os fatos ocorridos ao motivo de tais palavras terem sido escritas.

É por falta dessa análise contextual que muitas pessoas se convencem ser esse trecho direcionado à figura de Satanás. A partir de agora vai ser exigida a compreensão de toda a análise histórica feita no capítulo anterior.


Este trecho, na verdade, corresponde a um trecho de uma lamentação que Deus levanta ao rei de Tiro; não é difícil constatar isso, basta ler os dois versos anteriores:

"Veio a mim a palavra do ALTÍSSIMO, dizendo: Filho do homem, levanta uma lamentação contra o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o ALTÍSSIMO Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura..." (Ez 28:11-12).

Reflita agora leitor e me responda: "Quem é, segundo as próprias palavras de Deus, nesse contexto, o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura? Satanás?".

Torna-se difícil, e ilógico, acreditar que todos esses adjetivos sejam destinados ao rei de Tiro. Mas, só para quem deixou passar, desapercebidamente, todo o contexto histórico que circunda o motivo de tais palavras terem sido proferidas, ou seja, todo o relato desse trecho é direcionado ao rei de Tiro pelos motivos aos quais debatemos quando analisamos a história, bíblica, da cidade de Tiro.
Quando Deus diz: "Tu eras querubim" e "Estavas no Éden jardim de Deus", é evidente que há aqui o mesmo recurso de comparação simbólica utilizada por Ele para descrever o Egito. 

Da mesma forma, como vimos, que Deus compara Faraó e o Egito a mais bela e formosa árvore do Éden, mais bela inclusive que a árvore da Vida, Ele compara simbolicamente o rei de Tiro ao mais
 sábio e formoso querubim do Éden.

Veja, agora, como o restante da análise do texto se encaixa com harmonia:
1-     Quando Deus diz: "Perfeito eras nos teus caminhos", fica claro que é sobre o motivo pelo qual Deus concedeu tanto poder e riqueza ao rei de Tiro, pois toda e qualquer autoridade, como de um rei por exemplo, provém de Deus:
"... porque não há autoridade que não proceda de Deus; as autoridades foram por Ele instituídas..." (Rm 13:1).

E essa autoridade Deus concede aos que forem justos aos Seus olhos:

"Eu fiz a terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, com meu grande poder e com meu braço estendido, e os dou àquele a quem for justo..." (Jr 27:5).

2-
    Quando Deus diz: "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura", é evidente que sobre a loucura do rei de Tiro em acreditar que era o próprio Deus:

"
...Dize ao príncipe de Tiro: Assim o diz o ALTÍSSIMO Deus: Visto que se eleva o teu coração,e dizes: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento..." (Ez 28:2 ).

Logo, o querubim, o anjo da guarda ungido, ao qual esse trecho, em análise, se refere é, na verdade, o rei de Tiro e não Satanás. Não há sentido em se afirmar que esse trecho está se referindo à figura de Satanás, porque não há fundamentação alguma, não há contexto histórico algum, em toda a bíblia, que possa ser usado como ponte para essa afirmação, ou seja, com base em que se pode dizer que esse querubim é Satanás? De onde vem a fundamentação?




O substantivo Lúcifer ocorre seis vezes na Vulgata, versão latina da Bíblia, e uma vez em algumas Traduções da Bíblia em língua portuguesa. Lúcifer se refere literalmente à "Estrela da Manhã" ou "Estrela D'Alva", à "luz da manhã", e à "aurora" e ao "rei da Babilônia", ao sumo sacerdote Simão, filho de Onias, à Glória de Deus, ou a YAHUSHUA O Messias. YAHUSHUA O Messias, no livro de apocalipse (22:16) se auto denomina "resplandescente estrela da manhã", o que é diferenciado quando o termo é usado separadamente "estrela da manhã" como "poder" sobre "nações". (Apocalipse 2:28 e 26) (Isaías 14:12)

Por exemplo, Tradução Brasileira da Bíblia:

      E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. ” — 2 Pedro 1:19 Tradução Almeida Fiel,

Este mesmo trecho em latim, na Vulgata é:
      et habemus firmiorem propheticum sermonem cui bene facitis adtendentes quasi lucernae lucenti in caliginoso loco donec dies inlucescat et lucifer oriatur in cordibus vestris     ” — 2 Pedro 1:19,

como pedro ele deseja que lúcifer cresça nos corações dos crentes?


É por esta razão que é possível encontrar pessoas com nome "Lúcifer" entre os primeiros cristãos, sendo o exemplo mais famoso São Lúcifer, bispo de Sardenha, onde existe a única igreja à São Lúcifer conhecida.




4.2  APOCALIPSE, CAPÍTULO 12 E VERSOS DO 7 AO 9
"Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos;

Todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu lugar deles.

E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor do mundo, sim, foi atirado para a terra e, com ele, os seus anjos..."

Para os que acreditam na estória de Satanás ter sido Lúcifer, esse trecho complementa o trecho analisado no sub-capítulo anterior, ou seja, depois que Deus descobriu a iniquidade no coração de Satanás teria acontecido essa peleja, acima descrita, para expulsa-lo do céu. Logo, o que fundamenta esse trecho são exatamente as conclusões infundadas que tiram do trecho do sub-capítulo anterior. Nada mais ilógico! 


Mais uma vez é feita uma análise de um trecho bíblico sem a atenção necessária à análise do contexto ao qual, verdadeiramente, o fundamenta. 

O ponto a ser considerado, neste caso, é: Sim, esteja peleja é no céu e contra Satanás; porém, ela ainda não aconteceu. Ora, Apocalipse é um livro profético, ou seja, um livro de profecias que, segundo qualquer dicionário, significa: 

"Predição feita por um profeta."
E profeta significa:
"Indivíduo que prediz o futuro".

Há algum cabimento o fato de um profeta fazer profecias de coisas já ocorridas? O próprio apóstolo João, escritor do Apocalipse, diz o propósito do livro:

"...Mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer..." (Ap 1:1)
Logo, serão relatadas coisas que ainda irão acontecer e não fatos já ocorridos. Não há sentido em se profetizar o passado; neste caso, o termo mais adequado seria "relembrar" ou "rever" e não "profetizar".

Se essa peleja realmente aconteceu no princípio, por que absolutamente nada é relatado em Gêneses? Principalmente quando a serpente, Satanás, faz o homem transgredir no paraíso? Nenhum indício de peleja alguma, nada!

A peleja descrita acontecerá quando houver se cumprido a profecia sobre a Mulher e o Dragão (Ap 12:1-6). Em resumo, o que realmente acontecerá, segundo a bíblia é (nesta análise não houve qualquer preocupação em se discutir o significado da simbologia acerca da mulher, apenas relatar o fato):

"
A mulher está grávida e aponto de lar a luz; porém, o dragão quer devorar o filho dela(que é YAHUSHUA). No entanto, ao nascer, o filho da mulher é arrebatado para o céu. Como o objetivo do dragão é matá-lo, ele sobe ao céu para tentar concretizar esse objetivo e lá, aí sim, ocorrerá essa peleja."
Tanto isso é verdade que, quando o dragão é expulso do céu ele volta para perseguir a mulher. Logo, para que haja tal peleja, é preciso que se concretize a profecia a respeito da mulher grávida, ou seja, é preciso que exista essa mulher grávida.

Segundo a teoria, a rebelião de Lúcifer aconteceu no céu ainda antes da Criação, ou seja, antes mesmo que Deus tivesse criado o homem, o mar, os animais, enfim, todas as coisas. Porém, indago, em tom de desafio, a todo e qualquer estudioso da Palavra de Deus, a me provar, biblicamente, a existência de qualquer forma de vida antes de Deus ter iniciado Sua obra de criação!

" No princípio, criou Deus os céus e a terra." 
( Gêneses 1:1 )
Este é o primeiro verso da Bíblia, este é o verso que atesta o princípio de todas as coisas, a criação dos céus e da terra e tudo o que neles há.

A verdade só existe quando se manifesta em sua total plenitude, ou seja, ou a verdade é 100% ou ela não é verdade. 99% de verdade torna-a uma mentira, uma falsa verdade. É exatamente essa falsa verdade, que eu prefiro chamar de mentira, que é pregada quando se induz as pessoas a acreditarem nesse tempo e espaço da suposta peleja entre Lúcifer e os habitantes do céu.

Há uma grande desarmonia com a Palavra de Deus ( Bíblia ), no que diz respeito ao tempo em que ocorreu esta peleja: Antes da Criação.

Ora, como é que um estratagema tão tolo se passa por Verdade durante tanto tempo? Como é que pôde, leitores em sã consciência, acontecer uma peleja no céu se os céus ainda nem tinham sido criados?!


Logo, acreditar que essa peleja representa a expulsão, no céu, de Satanás, quando este ainda era chamado de Lúcifer, e seus anjos, é acreditar numa suposta desarmonia (contradição) bíblica, na qual uma hora se afirma, em Gêneses, que Deus criou o universo e tudo o que nele há e outra hora se afirma, em Apocalipse, que já havia vida, tempo e espaço antes mesmo da criação dos céus e da terra. Acreditar nessa desarmonia é acreditar que a Bíblia não é a fonte da Verdade, é acreditar que ela não é fonte de inspiração divina.




Outra grande desarmonia encontrasse no aspecto do local ao qual ocorreu esta peleja: Iniciou-se no Céu e culminou
                    
com Lúcifer sendo lançado à Terra. Mais uma vez indago: Como Lúcifer conseguiu rebelar-se e iniciar uma peleja no céu, se ainda não havia céu? Como conseguiram expulsa-lo de um céu, que ainda não existia, e atira-lo a Terra, quando esta, também, ainda não havia sido criada? Estamos diante, talvez, da maior farsa da história, sob o aspecto religioso.

Finalmente, com base em que se pode afirmar que essa peleja aconteceu antes do princípio dos tempos? Qual ponte, em argumentos fundamentados, há entre esta peleja e Satanás ter sido um querubim de Deus? O único indício de quem era Satanás, no princípio dos tempos, é o de que ele era "
A antiga serpente" (Ap 12:9) e não um querubim.

É incrível como toda essa estória, a respeito dessa peleja, pregada por aí, consiga passar-se por verdadeira sendo apoiada em estratagemas tão tolos, como o de se afirmar que é possível profetizar-se o passado e de que havia um universo paralelo antes da criação. Todo embasamento para ser justificado deve encontrar harmonia com os escritos bíblicos; se não for necessária essa harmonia, é melhor pararmos a discussão por aqui.



4.3  ISAÍAS, CAPÍTULO 14:12 AO 14
"Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitava as nações!
Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte;
Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo..."

Este trecho, verdadeiramente, não tem relação alguma com a possível origem de Satanás por dois motivos: Um de simples verificação e outro de profunda análise.


Fazendo uma simples verificação do contexto, observa-se que se trata de um trecho dirigido ao rei da Babilônia. Não precisa esforçar-se muito para chegar a essa conclusão, basta ler os versos 4 e 22 deste mesmo capítulo:

"...então proferirás este motejo contra o rei da Babilônia..." (Is 14:4)
"Levantar-me-ei contra eles, diz o ALTÍSSIMO dos Exércitos; exterminarei de Babilônia o nome e os sobreviventes, os descendentes e a posteridade, diz o ALTÍSSIMO." (Is 14:22)

Logo, com isso, percebe-se que o capítulo 14 de Isaías  do verso 1 ao 23, trata-se de uma profecia sobre a queda do maior reino da terra, na época: O reino da Babilônia.


Fazendo, por outro lado, uma análise profunda de todo o contexto histórico, análise essa discutida quando analisamos a história de Nabucodonossor, observamos o seguinte:


No verso 12, os adjetivos "
estrela da manhã" ( em traduções antigas: Lúcifer. Eis aí o motivo de toda a confusão ) e "filho da alva" são direcionados ao rei Nabucodonossor, da mesma forma que Deus assim o fez quanto aos reis do Egito e de Tiro. Quando é dito: "Como caíste do céu (...) tu que debilitava as nações", há um reforço de que estas palavras são direcionadas a Nabucodonossor, pois, me diga leitor, qual foi o rei cuja grandeza e o poder chegavam até ao céu e o domínio até a extremidade da terra? Se você não lembra, retorne ao subtítulo 3.4 e descubra a resposta, mas já vou adiantando que não foi Satanás;

Os versos 13 e 14 tratam sobre a loucura de Nabucodonossor, por conta do grande crescimento de seu poder e, por causa de sua exaltação própria, pois ele tinha poder sobre a vida e a morte de qualquer indivíduo, como pode se verificar nas palavras do profeta Daniel:

"(...) Deus, o Altíssimo, deu a Nabucodonossor (...) o reino e grandeza, glória e majestade. Por causa da grandeza que lhe deu, povos, nações e homens de todas as línguas tremiam diante dele; matava a quem queria e a quem queria deixava com vida; a quem queria exaltava e a quem queria abatia. Quando, porém, o seu coração se elevou, e o seu espírito se tornou soberbo e arrogante, foi derribado do seu trono real, e passou dele a sua glória." (Dn5:18-20)

Faça agora, leitor, uma análise em todo o Antigo Testamento e você verá que, como foi dito anteriormente, não houve um rei não-judeu mais poderoso, e abençoado por Deus, que Nabucodonossor, e é por causa de sua traição contra Deus que a Babilônia é um dos povos mais citados e odiados em toda a Bíblia.


Portanto, o Lúcifer ao qual se refere à bíblia, em traduções mais antigas, nada mais é que o rei Nabucodonossor. Que Satanás possa ter exercido alguma influência sobre ele é uma hipótese até aceitável, mas chegar-se ao cúmulo de dizer que esta profecia de Isaías  sobre a queda da Babilônia, corresponde à expulsão de Satanás do paraíso é de uma malignidade sem tamanho, pois não há qualquer embasamento bíblico para justificá-la. Entretanto, há uma resposta de YAHUSHUA O Messias àqueles que estudam a Palavra, mas encobrem a verdade:

"Ai de vós, intérpretes da Lei! Porque tomaste a chave da ciência; contudo, vós mesmos não entrastes e impedistes os que estavam entrando." (Lc 11:52).

5  CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ora, se Satanás não foi Lúcifer: "
O anjo de luz", "a estrela da manhã", "o filho da alva". Se toda essa estória não tem fundamento, qual seria, então, a verdadeira origem de Satanás? Quando isso aconteceu?

A verdade é que a bíblia não faz referência a tal assunto; a referência mais antiga sobre Satanás é a que diz ter sido ele a "
antiga serpente do Éden" (Ap 20:2), e só! Nada sobre a sua origem.
Mas de uma coisa esteja certo, leitor, ele foi criado por Deus na mesma semana que o homem assim o foi, ou seja, a origem de Satanás é mais antiga que a do homem em, no máximo, 5 dias, pois Deus criou o universo, e tudo o que nele há, em 6 dias e no 7º dia descansou e nada fez. Portanto, toda a estória de que houve um "Universo de Deus" onde Satanás (Lúcifer) vivia em perfeita harmonia com Ele e etc., como é pregada por aí e é descrita em vários livros como, por exemplo, no livro intitulado "Patriarcas e Profetas", não passa de mais uma estória que saiu da mente fantasiosa de seu autor, uma vez que não há a mínima fundamentação bíblica que demonstre isso.

Todas as pessoas que acreditam nisso estão sendo, na verdade, incoerentes com a bíblia e com as próprias palavras de YAHUSHUA e do apóstolo João sobre quem realmente foi e é Satanás:

"(...) Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade..." (Jo 8:44 )
"(...) O Diabo vive pecando desde o princípio..." (1Jo 3:8 )
Logo, com base nos trechos acima, temos a certeza de que Satanás nunca foi bom, perfeito e amigo de Deus, como alguns dizem por aí.

Com qual propósito criaram essa mentira? Na verdade, com essa estória tentam tirar um poder de Deus e dá-lo a Satanás. Assim sendo,
 Deus é o criador de tudo o que é Bom e Satanás o criador de tudo o que é Mau; logo, temos, na verdade, dois criadores e não apenas um. É nisso que você acredita, leitor?

Verdadeiramente, só existe um criador de TODAS as coisas e ele é Deus. Foi Ele quem criou o bem e foi Ele, também, quem criou o mal e as trevas. Deus criou Satanás do jeito que ele é e sempre foi, sem essa fantasia de anjo do bem.


Alguns devem estar pensando que eu estou louco ao afirmar que Deus é, também, o Pai criador do mal e das trevas. Entretanto, não pensem que sou tão inteligente assim, não me dêem este crédito todo, pois ele não saiu de minha cabeça, mas da bíblia, a "inegável fonte da verdadeira verdade":

"Eu sou o ALTÍSSIMO, e não há outro (...). Para que se saiba, até ao nascer do sol e até o poente, que além de mim não há outro; eu sou o ALTÍSSIMO e não há outro. Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o ALTÍSSIMO, faço todas estas coisas." (Is 45:5-7) 

Acredito, entretanto, que a origem de Satanás tenha ocorrido no terceiro dia da criação, ou seja, no dia da criação da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, pois é neste momento que o mal é criado e, acredito também, seu maior representante, pois acho pouco provável ter havido o mal sem que houvesse Satanás, uma vez que ele é o mal propriamente dito. Ele é a criação e não o criador, ou seja, ele é o mal e não o criador do mal. 

O criador é único: Todo Poderoso.